Bolsas em NY avançam com crescimento econômico dos EUA abaixo do esperado e postura cautelosa do Fed.
Nesta quinta-feira, as bolsas de Nova York empreenderam uma tentativa de recuperação, impulsionadas por uma combinação de fatores que influenciaram o mercado.
A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre, com um crescimento anualizado de 2,1%, abaixo das projeções que apontavam para um aumento de 2,3%, marcou um dos pontos-chave dessa movimentação.
Além disso, as declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, em um tom “dovish” (cauteloso) em relação à política monetária, também tiveram um impacto significativo. Essa postura do Fed, que sugere uma abordagem mais gradual em relação ao aperto das taxas de juros, acalmou os investidores preocupados com uma mudança abrupta nas políticas monetárias.
Bolsas de Nova York avançam com indicadores econômicos dos EUA
O mercado financeiro em Nova York experimentou uma reviravolta positiva nesta quinta-feira, quando as bolsas buscaram uma recuperação após uma série de sessões voláteis. Vários fatores se combinaram para impulsionar essa reversão, incluindo dados econômicos dos Estados Unidos que ficaram aquém das expectativas e as declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que adotaram um tom “dovish” em relação à política monetária.
Um dos principais pontos de atenção foi o lançamento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao segundo trimestre, que registrou um crescimento anualizado de 2,1%. Embora seja um número positivo, ele ficou abaixo das projeções do mercado, que esperavam um crescimento de 2,3%. Essa desaceleração do crescimento econômico gerou preocupações sobre a trajetória da recuperação nos EUA.
As declarações dos dirigentes do Fed também tiveram um impacto significativo. O tom “dovish” adotado por eles indica uma postura mais cautelosa em relação ao aperto monetário, sugerindo que o banco central pode adotar uma abordagem mais gradual nas próximas decisões sobre as taxas de juros. Essa abordagem aliviou os temores dos investidores de que o Fed poderia adotar uma postura mais agressiva, o que poderia prejudicar os mercados financeiros.
Em resposta a esses eventos, o índice Dow Jones subiu 0,35%, atingindo 33.666,34 pontos. O S&P500 também teve um desempenho positivo, registrando um ganho de 0,59% e fechando em 4.299,70 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,83%, encerrando o dia com 13.201,28 pontos.
Nos mercados de renda fixa, os retornos dos Treasuries, títulos do governo dos EUA, recuaram. O juro do T-bond de 30 anos caiu para 4,701%, em comparação com a taxa de 4,7196% do dia anterior. Os investidores interpretaram essas movimentações como um sinal de que o Fed está disposto a manter uma abordagem cautelosa em relação ao aumento das taxas de juros.
No cenário brasileiro, o Ibovespa teve um desempenho sólido, com um ganho de 1,23%, encerrando o dia em 115.730,76 pontos. Esse aumento foi impulsionado pelo desempenho positivo da Vale e dos principais bancos. No entanto, o volume financeiro negociado ficou abaixo da média diária de agosto, totalizando R$ 20,4 bilhões, em comparação com a média de R$ 25,424 bilhões.
Dólar recua com indicadores econômicos dos EUA abaixo das expectativas
O mercado cambial experimentou uma mudança de direção nesta quinta-feira, à medida que o dólar norte-americano passou por uma correção após três sessões consecutivas de alta. Vários fatores contribuíram para essa reversão, incluindo a melhoria do sentimento nos mercados globais, dados econômicos desanimadores dos Estados Unidos e as declarações “dovish” dos membros Fed.
O mercado de câmbio reagiu a esses fatores, com o dólar à vista encerrando o dia com uma queda de 0,16%, sendo negociado a R$ 5,0398. O dólar futuro para outubro também registrou uma leve queda de 0,05%, atingindo R$ 5,0410. Ao mesmo tempo, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras moedas importantes, recuou 0,47%, situando-se em 106,165 pontos. O euro e a libra esterlina, por sua vez, ganharam terreno em relação ao dólar, refletindo a correção da moeda norte-americana.