Ministro do TSE vota pela inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder político; julgamento será retomado com votos restantes.
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), André Ramos Tavares, votou pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. A votação segue o relatório do ministro Benedito Gonçalves, que acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
O julgamento foi suspenso pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e será retomado para a leitura dos votos restantes hoje.
Caso algum dos ministros restantes se posicione pela condenação, a Corte terá maioria para tornar Bolsonaro inelegível. O ex-presidente é julgado por declarações feitas durante uma reunião com embaixadores, nas quais levantou suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Ministro do TSE vota pela inelegibilidade de Bolsonaro por abuso de poder político e julgamento será retomado para votos restantes
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), André Ramos Tavares, votou a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. O voto segue o relatório apresentado pelo ministro Benedito Gonçalves, que acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Após o voto de Tavares, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, suspendeu a sessão, que será retomada para a leitura dos votos restantes nesta hoje, às 12h.
Caso algum dos ministros restantes – Kássio Nunes Marques, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes – também vote pela condenação, a Corte terá maioria para tornar Bolsonaro inelegível.
O julgamento refere-se à conduta do ex-presidente durante uma reunião com embaixadores, na qual ele levantou suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral brasileiro e a parcialidade dos magistrados.
O ministro Tavares destacou o “inequívoco caráter eleitoral” do evento e afirmou que Bolsonaro utilizou a reunião para propagar “invenções, distorções severas da realidade, dos fatos e dos dados empíricos” sobre o processo eleitoral.
Ele argumentou que o discurso do ex-presidente continha ataques infundados e falsos contra a urna eletrônica, o processo eleitoral e a Justiça Eleitoral.
Tavares também ressaltou que as declarações feitas por Bolsonaro durante a reunião não podem ser ignoradas e que demonstram uma estratégia eleitoreira ao longo do tempo.
Ele enfatizou que é preocupante quando um estado de desordem informacional se instala na sociedade, ainda mais quando parte desse discurso provém do presidente da República.
Enquanto isso, Bolsonaro rebateu o TSE em um vídeo publicado nas redes sociais, questionando o voto do ministro Benedito Gonçalves. O ex-presidente mencionou que o mesmo autor da ação, Carlos Lupi, presidente do PDT, também questionou a lisura das urnas eletrônicas, destacando que o partido defende o voto impresso há mais de 20 anos. O julgamento continua em andamento e aguarda os votos restantes para decidir o futuro do ex-presidente.