Um resultado 1,6% menor que o do mesmo intervalo do ano passado, mas veio 46,3% acima do registrado no 4T23.
Nesta quinta-feira (02), o Bradesco registrou um lucro líquido de R$ 4,21 bilhões no 1T24, uma queda de 1,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas um avanço de 46,3% em relação 4T23.
A carteira de crédito expandida do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 889,918 bilhões, alta de 1,2% em um ano, e de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Já a margem financeira do banco registrou uma de queda de 9% em comparação com o ano de 2023.
As receitas com serviços totalizaram R$ 8,861 bilhões, com os cartões, as operações de crédito e o banco de investimento compensando a perda de arrecadação com contas correntes. A carteira de crédito expandida do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 889,918 bilhões, alta de 1,2% em um ano, e de 1,4% em relação ao 1T23.
“Acreditamos que a carteira de crédito atingiu um ponto de inflexão neste trimestre. Depois de contrair em 2023, iniciou trajetória de aumento que deve perdurar”, afirma o Bradesco.
O Bradesco fechou o primeiro trimestre com R$ 2,000 trilhões em ativos, um crescimento de 7,3% no comparativo anual, e de 1,8% em três meses. O patrimônio líquido foi a R$ 162,311 bilhões, registrando uma alta de 3,3% em um ano.
“É hora de vender ações da Santos Brasil”, diz Bradesco
O Bradesco BBI reduziu suas recomendações de investimento para a Santos Brasil e Wilson Sons, empresas do setor portuário e de transportes, respectivamente. Anteriormente, o banco havia recomendado a compra de ações da Santos Brasil em maio de 2019, projetando um aumento significativo no valor. No entanto, agora, eles sugerem uma postura mais neutra em relação à empresa.
Segundo o analista Victor Mizusaki, em entrevista ao BrazilJournal, a avaliação atual da Santos Brasil é de 8,6 vezes o EBITDA deste ano, alinhada com empresas comparáveis globalmente. Mizusaki explicou que fatores como aumentos nos preços praticados acima das projeções do banco para 2025 e alocações em concessões com uma TIR (Taxa Interna de Retorno) alavancada de 12% poderiam impactar o preço-alvo da empresa.
“Para aumentar nosso preço-alvo teríamos que assumir um reajuste no contrato com a Maersk de mais de 10% em 2025, e uma alavancagem do balanço para investir em novas concessões”.Disse Mizusaki ao BrazilJournal.
Além disso, o Bradesco também rebaixou sua recomendação para a Wilson Sons de ‘compra’ para ‘neutro’, indicando uma mudança semelhante na perspectiva para essa empresa no setor de transportes.
Por outro lado, o banco expressou preferência por ações de locadoras no setor de transporte, destacando melhorias nas empresas Localiza e Movida. Ambas as empresas estão sendo negociadas com descontos significativos em relação às suas médias históricas de lucro do próximo ano, o que o Bradesco vê como uma oportunidade de investimento favorável.