Marcelo Arantes, diretor da Braskem admitiu em depoimento à CPI que a empresa tem responsabilidade no afundamento de bairros em Maceió.
Em depoimento que ocorreu na quarta-feira (10), Marcelo Arantes, diretor da Braskem reconheceu que a empresa é culpada pelo afundamento de bairros em Maceió, a capital de Alagoas.
“A Braskem tem culpa nesse processo e nós assumimos a responsabilidade por isso”, destacou o diretor da companhia. “Não é à toa que todos os nossos esforços têm sido colocados para reparar, mitigar e compensar todo o dano causado.” acrescentou Arantes.
Arantes, trabalha na empresa há 14 anos e começou a atuar no processo relacionado a Maceió a partir de Maio de 2019, quando a companhia interrompeu as atividades de extração na capital alagoana. A empresa iniciou a atividade de extração de sal-gema na cidade em 1976. Os primeiros tremores no solo próximo às minas de exploração foram registrados em Março de 2018.
Sobre a paralisação de extração em Maceió
Arantes disse que, após paralisar as atividades de extração em Maceió, a Braskem contratou institutos nacionais e internacionais para realizarem novos estudos e indicarem as soluções para a realocação das pessoas dos bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Farol e Bebedouro.
Braskem x Moradores de Maceió
O diretor da Braskem, relatou que os acordos foram firmados de forma voluntária e que as famílias tiveram apoio de advogado ou defensor público.
“Em nenhum momento a Braskem fez qualquer pessoa forçar a assinatura desse acordo. As propostas feitas tinham um tempo de reflexão. Poderiam ser marcadas quantas reuniões fossem requeridas por cada morador para discutir sobre o acordo, sobre as propostas feitas”, afirmou Marcelo Arantes.
Atualmente, 99,8% das pessoas já receberam a proposta e 95% já receberam a indenização; R$ 15,5 bilhões foram provisionados pela empresa, R$ 9,5 bilhões já foram desembolsados, sendo R$ 4,5 bilhões pagos em indenizações a moradores e comerciantes.