- Brasil:
- Melhoria na utilização das instalações para 74%, impulsionada pela normalização na Bahia e maior disponibilidade de matéria-prima no RS.
- Queda de 5% nas vendas de resina e de 10% nas exportações, focando em produtos de maior valor agregado.
- Aumento da taxa de utilização de PE verde para 98% e aumento de 22% nos volumes de vendas.
- Previsão de EBITDA de US$ 188 milhões, representando uma melhoria significativa em relação ao ano anterior.
- México:
- Alta taxa de utilização de cerca de 85%, beneficiando-se de um fornecimento estável de matérias-primas.
- Aumento de 6% nas vendas de PE em relação ao ano anterior e de 17% em relação ao trimestre anterior.
- Previsão de EBITDA de US$ 43 milhões, demonstrando uma melhora nas margens e eficiência operacional.
- EUA/Europa:
- Volumes estáveis, apesar de uma menor taxa de utilização de 76%, afetada por manutenções nos EUA.
- Vendas de polipropileno ligeiramente reduzidas (-2% em relação ao ano anterior).
- Impacto de custos de frete mais altos, que podem oferecer vantagem nas margens devido ao conflito no Mar Vermelho.
- Previsão de EBITDA de US$ 67 milhões, menor que o do ano anterior.
- Perspectivas Gerais:
- Embora enfrentando um ciclo petroquímico de baixa, a Braskem mostra resiliência e capacidade de adaptação.
- Discussões sobre fusões e aquisições podem servir como catalisadores futuros para a empresa.
- Classificação de ‘Outperform’ reflete expectativas de recuperação dos resultados nos próximos anos, especialmente no México.
Na última sexta-feira (26 de abril), a Braskem divulgou resultados operacionais mistos, mas melhorados para o primeiro trimestre de 2024 (1Q24), considerando o ciclo de baixa contínuo. Isso nos leva a prever um EBITDA de US$ 233 milhões para o 1Q24 (em comparação com US$ 205 milhões no 1Q23 e US$ 205 milhões no 4Q23).
Esperamos melhores resultados no Brasil e no México devido a margens mais fortes e maior utilização, parcialmente compensados por resultados mais fracos nos EUA/Europa (manutenção nos EUA e demanda fraca na Europa). Apesar da atual fraqueza no ciclo petroquímico, acreditamos que as ações oferecem uma assimetria positiva, com recuperação dos resultados ao longo de 2024-25, especialmente no México, devido à normalização na oferta e demanda e melhorias operacionais, e menos notícias sobre o evento geológico em Alagoas.
Afirma o relatório divulgado
Discussões em andamento sobre fusões e aquisições também podem servir como catalisadores, apoiando nossa classificação de Outperform.
No Brasil, a utilização melhorou sequencialmente para 74% (de 66% no 4Q23 e 77% no 1Q23), devido à normalização na Bahia e à maior disponibilidade de matéria-prima no RS. As vendas de resina no Brasil caíram 5% em relação ao ano anterior devido à demanda mais fraca e à estratégia de priorizar vendas de maior valor agregado, enquanto as exportações diminuíram 10% em relação ao ano anterior devido ao foco da empresa no mercado interno.
Outros resultados
As vendas de produtos químicos básicos caíram 5% em relação ao ano anterior devido à menor demanda por benzeno e cumeno e à menor disponibilidade de gasolina para venda. A taxa de utilização de PE verde aumentou para 98%, devido ao maior fornecimento de etanol, e os volumes de vendas aumentaram 22% em relação ao ano anterior. No geral, esperamos um EBITDA de aproximadamente US$ 188 milhões (vs. US$ 123 milhões no 1Q23) para o Brasil, e uma melhoria sequencial devido ao aumento de 13% e 4% nos spreads de resinas e produtos químicos principais, respectivamente.
O México deve se beneficiar da sazonalidade e manter uma taxa de utilização consistentemente alta, que foi de aproximadamente 85% devido ao fornecimento estável de matéria-prima. O fornecimento de etano da Pemex foi de aproximadamente 30 mil barris por dia (de acordo com o volume contratual) e as importações de etano totalizaram cerca de 23 mil barris por dia (vs. cerca de 12 mil barris por dia no 1Q23). As vendas de PE aumentaram cerca de 6% em relação ao ano anterior e 17% em relação ao trimestre anterior, totalizando 209 mil toneladas. Prevemos um EBITDA de cerca de US$ 43 milhões para o México (vs. cerca de US$ 27 milhões no 1Q23) devido a melhores spreads (+20% sequencialmente, +5% em relação ao ano anterior).
Os volumes nos EUA/Europa foram estáveis, apesar da menor taxa de utilização (76%, -5pp em relação ao ano anterior), que foi em grande parte motivada por paradas de manutenção nos EUA. Os volumes de vendas de polipropileno (PP) foram de 508 mil toneladas (-2% em relação ao ano anterior) parcialmente compensados pelo aumento de estoques no 4Q23 nos EUA. Apesar da demanda fraca na Europa, os preços mais altos de frete devido ao conflito no Mar Vermelho podem beneficiar as operações europeias, levando a melhores margens. Esperamos um EBITDA de aproximadamente US$ 67 milhões nos EUA/Europa (vs. cerca de US$ 98 milhões no 1Q23).