A BRF (BRFS3) reportou prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão, no primeiro trimestre deste, após consumir R$ 3,7 bilhões de caixa no período. Nesse sentido, em 2021, a companhia tinha registrado lucro de R$ 22 milhões.
Assim sendo, a receita líquida cresceu 13,7%, passando de R$ 10,6 bilhões no primeiro trimestre do ano passado, para R$ 12 bilhões.
Além disso, o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 121 milhões. Ou seja, valor 90,2% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 1,2 bilhão.
No documento enviado à CVM, a companhia afirma que os resultados consolidados do primeiro trimestre traduzem um contexto de muitos desafios, especialmente no mercado interno.
“Além da inflação global de custos potencializada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, as vendas no varejo performaram abaixo do planejado, sobrecarregando estoques e toda a cadeia de produtiva com impactos em custos logísticos e perdas”
relata o texto
Assim, a empresa informa que adotou medidas de ajuste de oferta e priorização de volumes para readequar o fluxo operacional. Isto é, entre as quais redução de estoques e de produção e ajustes na cadeia do agronegócio.
Portanto, as ações tiveram impacto negativo em R$ 422 milhões em efeitos não-recorrentes no trimestre. Ou seja, sendo R$ 193 milhões em redução de receita e R$ 229 milhões em aumento de custos.