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BTG se torna controlador do Banco Nacional

Nesta segunda-feira (03), o BTG Pactual anunciou que assumirá o controle do Banco Nacional, que está em liquidação extrajudicial decretada em 1995.

Foto/Reprodução
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O BTG Pactual assumirá o controle do Banco Nacional, que está em liquidação extrajudicial.

Nesta segunda-feira (03), o BTG Pactual anunciou que assumirá o controle do Banco Nacional, que está em liquidação extrajudicial decretada em 1995.

Em comunicado, o BTG informou que a operação fará parte da estratégia de investimentos da área de Special Situations do BTG Pactual, focada na aquisição e recuperação de carteiras de créditos inadimplidos e compra de ativos financeiros alternativos.

De acordo com informações, o negócio está sujeito à verificação de determinadas condições, entre elas a cessação do regime de liquidação extrajudicial, que será possibilitada pela liquidação ou saneamento de seus passivos financeiros. A operação também terá de ser submetida à análise do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão que fiscaliza a concorrência no país. Todos os ativos e passivos do Nacional entraram no negócio.

Ao adquirir bancos em liquidação, o BTG passará a usar a carteira de crédito dessas instituições, que inclui títulos devidos pelo Tesouro, envolvendo Fundo de Compensações de Variações Salariais (FCVS), precatórios e créditos tributários.

Sobre o Banco Nacional

Banco Nacional, originalmente Banco Nacional de Minas Gerais, foi uma instituição financeira brasileira fundada pelo ex-governador de Minas Gerais José de Magalhães Pinto e seu irmão Valdomiro de Magalhães Pinto.

O banco havia se destacado na época pelo seu pioneirismo em marketing esportivo, como por exemplo o famoso patrocínio ao piloto Ayrton Senna, em uma época em que pouco se falava e se viam estas iniciativas.

A quebra do Nacional foi considerada um dos maiores casos de fraude bancária do país. O Banco Central decretou intervenção no Nacional, após o rombo nas contas do banco ter alcançado R$ 9,2 bilhões, em novembro de 1995. O prejuízo resultou de um esquema que maquiava balanços e utilizava mais de 600 contas fantasmas para fazer empréstimos fictícios e simular boa saúde financeira.

Em 1996, a Procuradoria da República no Rio de Janeiro pediu a decretação da prisão preventiva de dirigentes do banco, além de denunciar 33 ex-executivos da instituição financeira por crimes como gestão fraudulenta, formação de quadrilha e gestão temerária.

No mês de novembro do ano passado, o Banco Nacional e o BTG assinaram uma opção de compra e venda da totalidade das ações de emissão do banco. Na mesma ocasião, o Nacional concordou em realizar um aumento de capital de perto de R$ 1,5 bilhão.