O Canadá exigirá que empresas de crowdfunding e criptomoedas se registrem no Financial Transactions and Reports Analysis Center of Canada (FINTRAC) e relatem pagamentos suspeitos.
Após semanas de ocupação que paralisaram a capital e outras cidades do país, o primeiro-ministro Justin Trudeau invocou hoje a Lei de Emergências do Canadá para responder aos protestos do “Freedom Comvoy”.
A lei concede ao governo federal poderes temporários adicionais para lidar com situações críticas criada em 1988, desde então nunca usada.
Dessa forma, Trudeau disse em entrevista coletiva que usaria a lei para controlar os protestos por vários métodos – entre os quais uma expansão das leis de lavagem de dinheiro do Canadá para cobrir plataformas de crowdfunding e transações de criptomoedas.
A decisão de invocar a Lei de Emergência ocorre logo após a Polícia Montada Real Canadense prender 11 pessoas ligadas ao protesto e apreender seu esconderijo de armas e outras armas, segundo o New York Times.
O financiamento para o protesto veio de várias fontes, incluindo o GoFundMe.
Antes de a empresa suspender a campanha do Freedom Convoy, havia arrecadado mais de US$ 10 milhões (aproximadamente US$ 7,88 milhões).
A GoFundMe reembolsou todos os doadores depois que a empresa determinou que a campanha violou seus termos de serviço.
Desde então, os apoiadores do Freedom Convoy recorreram a outras plataformas de crowdfunding, incluindo a GiveSendGo.
No domingo, o site sofreu uma invasão e informações pessoais de quem contribuiu para a campanha vazaram online.
Uma vez invocada, a Lei de Emergências entra em vigor imediatamente. No entanto, o governo deve ir ao Parlamento dentro de sete dias para obter apoio da Câmara e do Senado do Canadá.
Se qualquer um dos órgãos votar contra a moção, o estado de emergência é revogado.