O ChatGPT gerou uma enorme transformação no universo da Inteligência Artificial, levando várias empresas a se esforçarem para apresentar seus próprios modelos dessa tecnologia.
Surpreendentemente, mesmo em um curto espaço de tempo, uma atualização para essa tecnologia já foi lançada. A OpenAI recentemente apresentou o “sucessor” do ChatGPT, conhecido como GPT-4.
Nova versão do chatbot da OpenAI promete melhorias significativas, como respostas mais humanas, análise de imagens e maior precisão em diferentes idiomas.
A OpenAI, empresa responsável pela criação de uma das mais avançadas inteligências artificiais do mundo, anunciou na última semana o lançamento do ChatGPT-4.
A nova versão do chatbot promete melhorias significativas em relação ao seu antecessor, como respostas mais humanas, menor propensão a criar conteúdos ofensivos e a inovadora habilidade de analisar imagens, além de textos.
Vamos explorar as principais diferenças entre o GPT-4 e a versão anterior, bem como as formas de acessá-lo.
As principais diferenças entre o GPT-4 e o ChatGPT-3
O GPT-4 é resultado de um extenso trabalho de desenvolvimento da OpenAI, que buscou aprimorar a eficiência e o desempenho de seu chatbot. Entre as principais melhorias, destacam-se:
- Respostas mais humanas: Graças a seis meses de treinamento com programas de testes adversários e o próprio ChatGPT, a nova versão consegue gerar respostas mais completas e similares a textos escritos por humanos.
- Menos falhas e conteúdos ofensivos: O GPT-4 tem uma probabilidade 40% maior de produzir respostas corretas e é menos propenso a criar conteúdos preconceituosos ou ofensivos.
- Análise de imagens: Uma das grandes inovações do GPT-4 é a possibilidade de inserir imagens no chatbot, permitindo que a IA analise e crie textos relacionados ao conteúdo visual apresentado.
- Maior poder de processamento: Com um limite de 32.768 tokens, o GPT-4 consegue manter interações mais longas e gerar textos maiores.
- Melhor entendimento de idiomas: A nova versão aprimorou o suporte a cerca de 26 línguas, melhorando significativamente a precisão das respostas em idiomas além do inglês.
Acessando o GPT-4
Para utilizar o ChatGPT-4 no site da OpenAI, é necessário assinar o plano ChatGPT Plus, que custa $ 20 (cerca de R$ 104,80 na cotação atual). Além disso, desenvolvedores podem acessar a ferramenta de API para fazer melhorias em seus aplicativos e integrá-la a outras plataformas.
Uma das formas de usar o ChatGPT-4 gratuitamente é por meio do mecanismo de pesquisa Bing no navegador Microsoft Edge.
A tecnologia também foi incorporada ao aplicativo de aprendizagem de idiomas Duolingo, em um plano pago chamado Duolingo Max, ainda não disponível no Brasil. Em suma, o ChatGPT-4 representa um avanço significativo no campo dos chatbots e da inteligência artificial, trazendo melhorias importantes e expandindo as possibilidades de uso dessa tecnologia.
Com o tempo, é esperado que a OpenAI continue aprimorando seu chatbot, tornando-o ainda mais eficiente, preciso e versátil.
À medida que o GPT-4 se torna mais acessível e integrado a diferentes plataformas, é provável que vejamos uma ampliação de seu uso em diversas áreas, desde a educação e pesquisa até o atendimento ao cliente e a comunicação.
O ChatGPT-4 é mais um passo na direção de um futuro em que a inteligência artificial se tornará uma ferramenta ainda mais essencial para facilitar nosso dia a dia e revolucionar a maneira como interagimos com a tecnologia. No entanto, é fundamental lembrar que, apesar dos avanços, a IA ainda não é perfeita e deve ser utilizada com responsabilidade, sempre considerando a verificação de informações e a ética no uso dessas ferramentas.
Ferramenta mede inteligência do ChatGPT
As inteligências artificiais, como o ChatGPT, poderão um dia se tornar conscientes?
Dependendo de quem responde, essa pergunta pode ser empolgante ou assustadora. No entanto, durante o SxSW 2023, a consultoria Wunderman Thompson apresentou um “sencientômetro” (em inglês, “Sentientometer”), uma ferramenta desenvolvida para avaliar o nível de consciência de uma IA.
E, para surpresa de muitos, o ChatGPT não obteve êxito no teste.
De acordo com o especialista Jason Carmel, responsável pela área global de dados da Wunderman Thompson, confundir inteligência com consciência é o primeiro passo para um entendimento equivocado.
Enquanto a inteligência consiste basicamente em organizar e utilizar informações, a consciência requer um nível mais avançado de percepção, e até emoções, já que depende da interação com o ambiente.
Além disso, existe a variável “consciência” – um ser consciente pode não ser necessariamente consciente, por exemplo, quando não interage com seu entorno. Portanto, criar o “sencientômetro” é relevante para demonstrar ao público os diferentes estágios de evolução da IA.
“Tentamos andar sobre uma linha tênue: discutir seriamente as implicações e contradições do sentimento numa IA e ao mesmo tempo satirizar o desejo de quantificar algo que é inerentemente subjetivo. Assim, os elementos que temos no ‘sencientômetro’ que definem termos e componentes são muito reais, mas a pontuação ao final da sessão é uma leve diversão” diz Carmel, em conversa com o Metrópoles.