O governo chinês incentivará a compra de imóveis que não foram vendidos para transformar em habitações acessíveis.
Na ultima sexta-feira (17), a China fez um anúncio sobre as suas novas medidas para impulsionar o setor imobiliário no país, que está enfrentando grandes crises.
“Devem ser feitos esforços para encarar os riscos relativos a projetos de habitação comercial inacabados, garantir a entrega de projetos de habitação e impulsionar a redução das habitações comerciais disponíveis”, disse He Lifeng, vice-ministro da China.
O vice-ministro informou que o intuito da nova medida, é incentivar a compra de imóveis não vendidos para transformar em habitações acessíveis para famílias de baixa e média renda. No total, o Banco Popular da China irá liberar 300 bilhões de yuans (cerca de R$ 213,2 bilhões) para as compras.
Ações da Vale registram alta
De acordo com informações, após o anúncio, o ferro foi bastante impulsionado, fazendo com as ações da Vale fossem animadas e se levantassem.
Analistas informaram que o contrato do minério de ferro feito em Setembro e negociado na DCE da China, obteve uma alta de 2,18%, registrando o seu maior valor desde 8 de Maio.
Brasil amplia relações comerciais com a China
O comércio entre Brasil e China está em constante ascensão, revelando um cenário de oportunidades e progresso mútuo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o primeiro trimestre de 2024 registrou um aumento de 12,7% nas importações brasileiras da China em comparação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de $14 bilhões. As exportações para o país asiático também aumentaram, totalizando $23 bilhões, representando um aumento médio de 9,8%.
Para Rodrigo Giraldelli, especialista em comércio exterior Brasil e China, esses números refletem não apenas um aumento nas transações comerciais, mas também um equilíbrio favorável para o Brasil, com um superávit de 5,5% em relação à China. “O comércio bilateral está se fortalecendo, com o Brasil mantendo sua posição como um importante fornecedor para o mercado chinês. Continuamos vendendo mais para o país asiático do que comprando dele”, afirma o CEO da China Gate, empresa especializada em consultoria e educação sobre importação da China.