O Fleury, empresa de medicina diagnóstica, divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2023, com um lucro líquido de R$ 174,2 milhões, um aumento significativo impulsionado pela aquisição da Hermes Pardini e pelo foco em inovação e cuidados integrados.
A empresa de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3) anunciou um lucro líquido de R$ 174,2 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), registrando um aumento de 81,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho positivo foi influenciado pela receita gerada pela aquisição da Hermes Pardini, uma companhia adquirida pela Fleury no início deste ano.
Analistas de mercado esperavam um lucro líquido médio de R$ 157,2 milhões, de acordo com dados da LSEG. A CEO do Fleury, Jeane Tsutsui, destacou que essa performance reflete a consistência da estratégia da empresa em focar na medicina diagnóstica e na oferta de novos serviços, alinhados às necessidades de uma população em envelhecimento, com ênfase na prevenção e cuidados integrados.
A aquisição da Hermes Pardini foi concluída no final de abril, tornando este o primeiro trimestre completo com os resultados conjuntos das duas empresas. A Fleury estima que a transação resultará em um Ebitda incremental anual entre R$ 200 milhões e R$ 220 milhões até meados de 2026. A CEO observou que o processo de integração tem superado as expectativas, mas ainda demandará mais tempo para sua conclusão.
A receita líquida do Fleury atingiu R$ 1,9 bilhão no trimestre, um impressionante aumento de 63,1% em relação ao ano anterior. Na base “pro forma,” que considera os ativos da Hermes Pardini no mesmo período de 2022 para fins de comparação, o crescimento foi de 11,8%, com aumento da receita em todas as linhas de negócios.
No serviço de atendimento e exames em medicina diagnóstica direcionados ao consumidor final, a receita bruta aumentou 9,2% na base pro forma. A empresa mencionou indícios de ganho de participação de mercado com a marca Fleury em São Paulo e seus selos no Rio de Janeiro.
A estratégia de aquisições continua forte para o Fleury, com uma abordagem rigorosa baseada em aspectos estratégicos, financeiros e culturais. O CFO, José Fillipo, destacou a importância do “fit cultural” como um dos principais critérios para as aquisições da empresa.
Nos serviços prestados a hospitais e laboratórios, a receita bruta pro forma cresceu 3,1%, atingindo R$ 462,6 milhões.
O Ebitda ajustado pelas despesas da combinação de negócios foi de R$ 506 milhões, superando as expectativas médias dos analistas, que previam R$ 496 milhões, com base em dados da LSEG. Esse resultado representa um aumento de 52,2% em relação ao mesmo período de 2022 na base contábil e um avanço de 16% na versão pro forma. A margem Ebitda ficou em 27,1% no trimestre.
As despesas gerais e administrativas do Fleury aumentaram 25%, chegando a R$ 125,2 milhões no trimestre encerrado em setembro, em comparação com o ano anterior. No entanto, essas despesas caíram 3,7% na versão pro forma, devido a fatores como a redução de pessoal.
A CEO Jeane Tsutsui destacou a importância da inovação, ciência e tecnologia no setor de saúde e mencionou iniciativas como o lançamento de testes de sangue para detecção de proteínas relacionadas ao diagnóstico de Alzheimer.
A iniciativa “Novos Elos” também ganhou destaque nos resultados da empresa, com um crescimento de 92,1% na comparação anual. Essa iniciativa envolve a expansão para além da medicina diagnóstica, oferecendo consultas clínicas, cirurgias de baixa complexidade e fisioterapia. O Fleury expandiu seus serviços em áreas como ortopedia, fertilidade e oncologia