A pergunta de para onde vai a taxa de juros da economia tira o sono de muita gente. Afinal, a Selic indica o caminho que o mercado (e a economia brasileira) deve seguir. Após uma expectativa de um fim dos ciclos de alta, o Copom parece ter “mudado de ideia” em sua última ata, e indica que a política contracionista de aumento dos juros deve continuar entre nós por mais algum tempo! Confira agora mais detalhes!
Até onde vai o Juros?
Assim, o comitê explica que a recente alta busca corrigir os problemas inflacionários que eclodiram ao redor do globo:
“O conflito entre Rússia e Ucrânia levou a um aperto significativo das condições financeiras e aumento da incerteza em torno do cenário econômico mundial. Em particular, o choque de oferta decorrente do conflito tem o potencial de exacerbar as pressões inflacionárias que já vinham se acumulando tanto em economias emergentes quanto avançadas.”
Para tal, o comitê destaca que a inflação segue sendo um problema às portas do mercado, principalmente considerando a inflação nos serviços e ao consumidor:
“A inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes, e mais persistente que o antecipado. A alta nos preços dos bens industriais não arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou ainda mais.”
A medida de correção mais básica para um problema inflacionário, como sabemos, passa pelo o aumento dos juros. Assim, considerando uma expectativa de inflação entre 7,1% em 2022 e 3,4% em 2023, o comitê espera um novo aumento nos juros, para 12,75% em 2022.
Aos mais arrojados, o comitê destaca que um ciclo de queda deve se iniciar em 2023, com expectativa de juros em 8,75% a.a.