Notícias

Correios amargam prejuízo de R$ 809 milhões em 2022

imagem padrao gdi
imagem padrao gdi

Os Correios registraram um prejuízo de R$ 809 milhões em 2022, interrompendo a sequência de bons resultados dos anos anteriores. A empresa enfrenta desafios tecnológicos e investimentos insuficientes no setor.

Desafios tecnológicos e investimentos insuficientes preocupam futuro dos Correios

Os Correios registraram um prejuízo de R$ 809 milhões em 2022, interrompendo a sequência de bons resultados dos anos anteriores, quando acumulou lucro de R$ 5,5 bilhões entre 2020 e 2021.

A mudança principal foi um provisionamento de R$ 1 bilhão referente a processos judiciais. No período, a empresa estatal ainda teve um lucro recorrente próximo a R$ 1,5 bilhão.

O saneamento recente não garante solidez à frente, diante da rápida transformação tecnológica do setor. Em 2022, a receita dos Correios caiu R$ 1,6 bilhão, para R$ 19 bilhões. Foram investidos apenas R$ 758 milhões, sendo R$ 202 milhões em tecnologia, muito aquém dos R$ 2,5 bilhões considerados necessários.

A resistência petista à privatização, que vinha sendo preparada nos últimos anos sob a coordenação do BNDES, é prejudicial nesse contexto. Pelos estudos, seria preservada a natureza pública dos serviços postais e as políticas que orientam o setor permaneceriam com o Ministério das Comunicações, com regulação da Anatel.

A oportunidade está no segmento de encomendas, que avança com o comércio eletrônico e exige investimentos em tecnologia e logística. A empresa tem quase 100 mil funcionários e capilaridade única no país, mas precisa de boa gestão, flexibilidade e acesso a capital para competir.

O prejuízo dos Correios em 2022 e os desafios tecnológicos enfrentados pela empresa evidenciam a necessidade de investimentos e mudanças estratégicas no setor.

A privatização, apesar da resistência política, poderia proporcionar maior flexibilidade e acesso a capital para a empresa, permitindo que ela se adapte às transformações do mercado e amplie seu papel no segmento de encomendas.

O debate sobre o futuro dos Correios é fundamental para garantir sua competitividade e sustentabilidade no longo prazo.