O banco de médio porte BV encerrou suas operações de corretagem e transferiu clientes para o Bradesco como parte da integração em uma joint venture. Agora, a Ágora, corretora do Bradesco para investidores individuais, está atendendo os clientes anteriormente atendidos pela corretora do BV.
Essa mudança está alinhada com o plano estratégico da gestora Tivio Capital, uma joint venture entre os dois bancos.
Em março de 2023, o Bradesco estabeleceu a Tivio após adquirir 51% do braço de gestão de recursos e private banking do BV, o antigo Banco Votorantim. Com sede em São Paulo, a gestora gerencia atualmente cerca de R$ 30 bilhões em ativos, conforme indicado em sua página no LinkedIn. Este valor é R$ 5 bilhões menor do que o registrado em janeiro na mesma página.
O Banco do Brasil possui metade do capital do Banco BV, o segundo maior banco brasileiro, com a Votorantim Finanças detendo a outra metade.
Em 2023, o lucro líquido recorrente do BV foi de R$ 1,154 bilhão, contudo, uma queda de 21,2% em relação a 2022. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 9,1%, abaixo da taxa básica de juros, a Selic, com o banco apresentando R$ 142,7 bilhões em ativos.
Resultados: Banco BV lucra R$ 284 milhões no 2T23 com queda de 29%
O banco BV, anteriormente conhecido como Votorantim, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido recorrente de R$ 284 milhões. Esse valor representa uma queda de 29,2% em comparação com o mesmo período do ano passado e um aumento de 1% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Segundo o banco, a inadimplência continuou a impactar seus resultados no comparativo anual.
A carteira de crédito do BV cresceu 10,7% em um ano, totalizando R$ 84,8 bilhões. O maior crescimento, portanto, ocorreu nos negócios em que o banco tem atuação mais recente, como o financiamento a painéis solares, que registrou um aumento de 26,9% ao longo do último ano.
No segmento de financiamento de veículos, a carteira do BV cresceu 6,7% no período, alcançando R$ 42,9 bilhões. No setor atacadista, em que o banco atende a grandes empresas, o crescimento foi de 8,5%, totalizando R$ 25,5 bilhões.
A receita total do BV teve um crescimento de 7,3% em um ano, atingindo R$ 2,619 bilhões. Nessa linha, o banco inclui tanto as margens obtidas com crédito quanto as receitas provenientes de serviços prestados.
O BV observou um aumento na inadimplência acima de 90 dias, que subiu 1,1 ponto percentual em um ano e 0,2 ponto em um trimestre, chegando a 5,4%.
O custo de crédito, que engloba despesas com provisões contra inadimplência, aumentou 72,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1,034 bilhão. O índice de cobertura recuou de 203% para 154% em um ano, e o índice de Basileia caiu de 17,3% para 14,7%.