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Corrupção é o tipo de denúncia mais comum nas empresas brasileiras, diz KPMG

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O tipo mais comum de denúncia nas empresas brasileiras está relacionado à corrupção (28%), o qual envolve possíveis conflitos de interesses, propinas, gratificações ilegais e fraudes em licitações.

Depois deste, estão: denúncias de fraudes financeiras, com manipulação de resultados, falsificação de dados e lançamentos contábeis sem documentação (16%); aspectos de segurança do trabalho (16%); assédio sexual (12%); apropriação indébita (12%); conduta e comportamento não relacionados a assédio (8%); descumprimento das políticas (4%); e incidentes com terceiros (4%). Essas são algumas das conclusões da terceira edição da pesquisa “Perfil do Hotline no Brasil”, conduzida pela KPMG com empresas brasileiras.

Na edição anterior da publicação, metade (48%) dos respondentes haviam informado que desvio de conduta e comportamento eram os tipos mais comum dos relatos recebidos, seguidos de assédio moral (22%) e descumprimento de políticas (4%).

“A pesquisa atual evidenciou ainda que a ampla maioria (91%) dos respondentes consideram que a gestão do hotline das empresas em que trabalham é eficiente para prevenção, detecção e remediação de condutas irregulares, e que 95% acreditam que seus colaboradores e terceiros confiam no hotline. Sobre os impactos positivos nas empresas após a implantação do hotline, as principais respostas foram:fortalecimento da cultura de ética e compliance (31%), melhoria de processos e controles (23%), detecção de fraudes em sua fase inicial (14%), melhora do clima organizacional (11%), diminuição da ocorrência de comportamentos não desejados (11%), e redução do risco de compliance junto a terceiros (9%).

Ainda assim, 35% das empresas informaram que recebem menos de 12 relatos por ano em suas plataformas de hotline. Por outro lado, o mesmo percentual, 35% dos respondentes, informaram que recebem mais de 120 relatos por ano em suas plataformas, demonstrando uma maior maturidade do hotline”, afirma Emerson Melo, sócio-líder da prática Forense da KPMG no Brasil e colíder na América do Sul.

Sobre a principal razão que motivou a empresa a implementar o hotline, os respondentes destacaram, na pesquisa atual, a formalização ou implementação do programa de compliance e integridade (40%).

Houve ainda o destaque para a elaboração do Código de Ética da empresa (24%), boas práticas de mercado e exigências dos stakeholders (19%), e aspectos regulatórios (14%). Entre os respondentes que possuem o hotline, foi verificado que 31% das empresas possuem um hotline maduro, com mais de cinco anos de operacionalização, alta de 10% em relação à pesquisa realizada em 2020.

Em relação à área que recebe as denúncias originadas no hotline, as respostas foram as seguintes:Compliance (41%); Comitê de Ética (22%); empresa terceira especializada (17%); auditoria interna (6,5%); CEO, presidente ou alta direção (4%); Ouvidoria (4%); Jurídico (2%); Inspetoria (2%). Outro dado relevante é que, para a maioria (64%) dos respondentes, não são utilizadas ferramentas forenses na apuração das denúncias.

“Perguntados se há alguma tratativa especial para as denúncias consideradas de alta severidade ou risco, 68% deles disseram que sim, como é o caso de instauração de comitê de crise e contratação de assessoria jurídica externa.

Para 28% a resposta foi não, e 4% disseram que não, mas que classificam as denúncias conforme a severidade ou o risco atrelado. Além disso, 66% informaram que divulgam o hotline a cada seis meses e 15% que não há um plano de divulgação do hotline.

No entanto, 48% responderam que não divulgam indicadores do hotline, como a quantidade de relatos recebidos, resultados da conclusão e plano de ação, mesmo sem apresentar dados sensíveis e confidenciais”, afirma Carolina Paulino, sócia da prática Forense e Hotline da KPMG no Brasil.

A maioria (92%) disse que o hotline está disponível para público interno e externo, incluindo terceiros, fornecedores e clientes.

Além disso, o website é o meio mais utilizado para receber relatos, seguido do e-mail e telefone. Sobre qual é o investimento anual com o hotline, considerando apenas a plataforma, 44% dos respondentes indicaram valor inferior a R$ 24 mil e 27% valor entre R$ 24 mil e R$ 36 mil. A terceira edição da pesquisa “Perfil do Hotline”, conduzida pela KPMG em fevereiro de 2023, contou com a participação de aproximadamente 60 empresas de diversos segmentos: consumo e varejo; indústrias; governo e infraestrutura; serviços financeiros; tecnologia, mídia e telecomunicações; agronegócio; saúde; e outros.

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