Damián Scokin, CEO da Despegar, empresa por trás da marca Decolar no Brasil, está encontrando motivos para sorrir enquanto observa a turbulência na concorrente 123 Milhas. Nos últimos anos, Scokin havia sido uma das vozes mais críticas ao modelo de negócios da 123 Milhas, argumentando que não era sustentável a longo prazo. Agora, com a 123 Milhas enfrentando uma crise financeira e entrando em recuperação judicial com uma dívida de R$ 2,3 bilhões, a Decolar espera se beneficiar do vácuo deixado por sua concorrente.
Scokin destacou que as vendas da Decolar nas últimas duas semanas foram significativamente maiores do que no início do mês, e ele acredita que a crise enfrentada pela 123 Milhas contribuiu para esse aumento. Ele expressou sua surpresa em relação à forma como as autoridades brasileiras e alguns participantes do mercado toleraram por tanto tempo as práticas questionáveis da 123 Milhas, considerando-as um esquema Ponzi. Scokin ressaltou a seriedade da Decolar, com mais de 20 anos de atuação responsável, e acredita que os consumidores valorizam a confiabilidade da empresa.
Em relação ao mercado de turismo, Scokin comentou sobre a dinâmica atual na América Latina, observando que os níveis de passageiros estão se aproximando dos números pré-pandemia. No entanto, ele destacou as diferenças entre países e viagens domésticas e internacionais. Enquanto o Brasil recuperou os níveis de passageiros no mercado doméstico, o internacional ainda não se recuperou completamente devido à falta de reposição de voos. O México e o Chile apresentam diferentes níveis de recuperação, mostrando uma variedade de cenários na região.
A Despegar também anunciou resultados positivos para o segundo trimestre, marcando o quinto trimestre consecutivo de rentabilidade. A empresa teve uma receita recorde e um nível de EBITDA próximo aos US$ 30 milhões. No Brasil, o crescimento da Decolar foi ainda mais notável, com um aumento de cerca de 39% em comparação ao ano anterior.
Scokin discutiu os planos de expansão da Decolar, que incluem a abertura de lojas físicas com a marca Decolar no Brasil e na Argentina. Ele enfatizou que essas lojas não serão tradicionais, mas sim inovadoras e tecnológicas, proporcionando uma experiência de compra diferenciada para os clientes.
O CEO também abordou a questão das fusões no setor, sem entrar em detalhes sobre conversas específicas. No entanto, ele mencionou o histórico de aquisições da Decolar e como a empresa se concentra em oportunidades de crescimento inorgânico para fortalecer sua presença.
No cenário competitivo pós-crise da 123 Milhas, a Decolar parece bem posicionada para capitalizar a demanda reprimida e ganhar market share. A empresa se destaca pela sua reputação e experiência no mercado, enquanto continua a explorar várias vias de crescimento para consolidar sua posição como uma das principais players no setor de turismo da América Latina.
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