A Argentina está lutando para lidar com mais uma crise financeira.
Os investidores estão cada vez mais preocupados com a terceira maior economia da América Latina, que pode entrar em uma crise maior à medida que se esforça para pagar o pesado endividamento do governo. Isso ocorre depois que o governo argentino pediu inesperadamente a liberação antecipada de um empréstimo de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira.
O peso argentino caiu para registrar baixas no noticiário. Ele viu perdas acentuadas e caiu mais de 15%, atingindo 39 pesos em relação ao dólar norte-americano na manhã de quinta-feira.
Peso argentino enfrenta 45% de queda em relação ao dólar americano
O peso caiu mais de 45% contra o dólar neste ano, exacerbando os temores pré-existentes sobre o enfraquecimento da economia do país, enquanto a inflação está em 25,4% este ano.
Na quinta-feira, o banco central disse que estava aumentando a quantidade de reservas que os bancos têm que manter, em uma tentativa de apertar a política fiscal e fortalecer a moeda. Aumentou as taxas em 15 pontos percentuais, de 45% para 60%, e prometeu não reduzi-las pelo menos até dezembro.
Plano econômico será revisado
O FMI informou em comunicado nesta quarta-feira que buscará “revisar o plano econômico do governo com foco em isolar melhor a Argentina das recentes mudanças nos mercados financeiros globais”.
O instituto sediado em Washington também acrescentou que seu plano incluía “políticas monetárias e fiscais mais fortes e um aprofundamento de esforços para apoiar os mais vulneráveis da sociedade”.
“Agora não está claro se isso será suficiente para estabilizar as finanças do governo em meio a (uma) persistente reserva de drenagem”, disse Jim Reid, do Deutsche Bank, em nota de pesquisa publicada nesta quinta-feira.
Além do apoio do FMI, o governo da Argentina também elevou as taxas de juros para 45%, numa tentativa de conter a inflação e diminuir a dramática queda do peso.