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CVC lidera altas na Bovespa com crescimento de mais de 7%

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CVC dispara mais de 7% no mercado de ações, enquanto Natura enfrenta perdas em dia de otimismo na Bovespa.

Na quinta-feira, os ativos relacionados ao consumo tiveram um desempenho notável na Bovespa, com um apetite por risco mais acentuado impulsionando o mercado. A CVC, líder entre as altas do dia, registrou um impressionante avanço de 7,29%, atingindo R$ 2,65 por ação. Este desempenho exemplar contribuiu para o clima otimista no mercado de ações.

Além da CVC, outras varejistas também figuraram entre as maiores valorizações, incluindo a ASAI3 (+5,35%; R$ 12,20), ARZZ3 (+4,21%; R$ 63,59), LREN3 (+4,03%; R$ 13,42) e SOMA3 (+3,62%; R$ 6,58). Essas empresas aproveitaram o momento favorável para o setor de consumo.

No entanto, a Natura (NTCO3) contrariou a tendência positiva do varejo, registrando a maior queda do dia, com uma retração de 2,87% e atingindo R$ 14,89 por ação. Acompanhando a realização dos preços do petróleo, as empresas petrolíferas também apresentaram desempenho negativo. PRIO3 caiu 2,19% (R$ 47,24), RRRP3 perdeu 0,92% (R$ 31,13) e PETR3 baixou 0,50% (R$ 37,51), enquanto PETR4 teve uma queda de 0,20%, cotada a R$ 34,45.

O setor bancário foi uma das principais forças impulsionadoras do desempenho positivo do índice. BBAS3 registrou um aumento de 3,21%, chegando a R$ 47,64, seguido por ITUB4, com +2,64% (R$ 27,25), BBDC4, com +2,37% (R$ 14,25), BBDC3, com +2,20% (R$ 12,54), e SANB11, com +1,72% (R$ 26,01). A Vale (VALE3) também contribuiu para a sustentação da alta do Ibovespa, com um ganho de 1,52% e um preço de R$ 66,70 por ação.

Dólar recua com indicadores econômicos dos EUA abaixo das expectativas

O mercado cambial experimentou uma mudança de direção nesta quinta-feira, à medida que o dólar norte-americano passou por uma correção após três sessões consecutivas de alta. Vários fatores contribuíram para essa reversão, incluindo a melhoria do sentimento nos mercados globais, dados econômicos desanimadores dos Estados Unidos e as declarações “dovish” (mais cautelosas) de membros proeminentes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.

Um dos principais pontos de preocupação foram os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referentes ao segundo trimestre, que mostraram um crescimento anualizado de 2,1%. Embora seja um número positivo, ele ficou aquém das expectativas do mercado, que esperava um crescimento de 2,3%. Essa desaceleração do crescimento econômico pode influenciar as decisões futuras do Fed em relação às taxas de juros.

Outro indicador que chamou a atenção foi a queda acentuada de 7,1% nas vendas pendentes de casas em agosto, em comparação com o mês anterior. Essa queda representa o maior declínio desde setembro de 2022 e indica um possível resfriamento do mercado imobiliário nos Estados Unidos, o que também pode impactar as políticas monetárias do Fed.

As vozes “dovish” dentro do Fed, representadas por figuras como Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, e Tom Barkin, presidente do Fed de Richmond, ecoaram preocupações sobre o ritmo das altas de juros. Goolsbee alertou que o banco central corre o risco de elevar as taxas de juros de maneira excessiva, destacando a necessidade de perdas significativas de empregos para conter a inflação, enquanto Barkin enfatizou que é prematuro determinar se mais aumentos nas taxas são necessários, citando a incerteza relacionada ao risco de um possível “shutdown” do governo.

O mercado de câmbio reagiu a esses fatores, com o dólar à vista encerrando o dia com uma queda de 0,16%, sendo negociado a R$ 5,0398. O dólar futuro para outubro também registrou uma leve queda de 0,05%, atingindo R$ 5,0410. Ao mesmo tempo, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras moedas importantes, recuou 0,47%, situando-se em 106,165 pontos. O euro e a libra esterlina, por sua vez, ganharam terreno em relação ao dólar, refletindo a correção da moeda norte-americana.

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