A Dasa, empresa líder em medicina diagnóstica no Brasil, anunciou na última sexta-feira (24) a possibilidade de uma oferta primária de ações no valor de R$ 1,5 bilhão, a R$ 8,50 a ação. Com os acionistas controladores e uma das instituições financeiras participantes da oferta se comprometendo a subscrever na oferta, a XP Investimentos considera a oferta como positiva para a empresa, “dado que resolve parcialmente os problemas relacionados à alavancagem financeira e sinaliza que os acionistas controladores vêm potencial no negócio”.
De acordo com as projeções da XP, a alavancagem da Dasa ao final de 2023 cairá de 4,5 vezes para 3,9 vezes o Ebitda ajustado da companhia. Considerando o prêmio que os investidores pagarão para subscrever as novas ações, as ações precisarão subir 23% para atingir o ponto de equilíbrio.
Após o anúncio, as ações DASA3 subiram 5,39% na Bolsa de Valores de São Paulo, chegando a R$ 8,01.
O Goldman Sachs destacou que o preço de R$ 8,50 por ação representa um prêmio de 12% sobre os preços atuais e um desconto de 22% para o preço-alvo de R$ 11. “A potencial oferta primária é esperada para diminuir o endividamento da Dasa para uma relação dívida líquida/Ebitda de 4,2 vezes /3,9 vezes em 2023 e 2024”, explicou o banco.
Enquanto isso, o Morgan Stanley ressaltou que não há detalhes sobre a destinação dos recursos da potencial oferta de ações da Dasa. “A redução da alavancagem parece ser uma possibilidade, após a emissão de R$ 1,0 bilhão de CRI em novembro de 2022”, comentou o banco. “Mas a empresa não se pronunciou até o momento sobre o destino dos recursos”.
Os analistas da XP Investimentos mantiveram recomendação de compra para Dasa e preço-alvo de R$ 20,8, enquanto o Morgan Stanley manteve avaliação equivalente à compra (overweight, exposição acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 25. Já o Goldman Sachs reiterou classificação neutra para Dasa e preço-alvo de R$ 11.
Confira na tabela abaixo os principais indicadores operacionais citados:
Indicadores | Valores |
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Oferta primária de ações | R$ 1,5 bilhão a R$ 8,50 a ação |
Receita líquida | R$ 45 milhões no 4T22 |
Lucro líquido | Prejuízo de R$ 358 milhões no 4T22 |
Lucro antes de juros, impostos, depreciação | R$ 39,038 milhões no 4T22 |
Margem bruta | 65,3% no 4T22 |