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Demissão em massa prejudica operações do Spotify, admite CEO

CEO da companhia responsabilizou demissões em massa como fator para baixo desempenho

Foto/Reprodução
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  • CEO do Spotify, Daniel Ek, admite impacto da demissão de 1.500 funcionários nas operações da empresa
  • Meta de lucratividade e crescimento mensal de usuários ativos não foi alcançada devido à redução da força de trabalho
  • Receita do primeiro trimestre de 2024 atinge € 3,6 bilhões, um aumento de 20% em relação ao ano anterior
  • Número de usuários ativos e assinantes pagantes crescem 19% e 14%, respectivamente, em comparação com o ano anterior
  • Desafios operacionais decorrentes das demissões afetaram as atividades diárias da empresa mais do que o esperado
  • Despesas com indenizações dos funcionários demitidos também tiveram impacto financeiro
  • Apesar dos contratempos, Ek expressa confiança na recuperação da empresa e no retorno aos trilhos, adaptando-se às mudanças e focando no crescimento futuro.

O CEO do Spotify, Daniel Ek, anunciou hoje que os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2024 foram impactados negativamente pela recente demissão em massa de 1.500 funcionários. Durante a divulgação dos números, Ek reconheceu que a empresa não alcançou sua meta de lucratividade e crescimento mensal de usuários ativos, atribuindo parte desse revés à redução significativa da força de trabalho.

Apesar dos desafios enfrentados, os números revelam um crescimento positivo em várias áreas-chave. A receita da empresa atingiu € 3,6 bilhões nos três primeiros meses do ano, representando um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o número de usuários ativos cresceu 19%, totalizando 615 milhões, enquanto os assinantes pagantes aumentaram em 14%, atingindo a marca de 239 milhões.

No entanto, Ek enfatizou que as demissões tiveram um impacto significativo nas operações diárias da empresa, superando as expectativas iniciais. Os custos associados às indenizações correspondentes a cinco meses de trabalho também pesaram nas finanças do Spotify.

Apesar dos desafios, Ek expressou otimismo em relação à recuperação da empresa, afirmando que, mais de quatro meses após as demissões em massa, a empresa está “de volta aos trilhos”. Ele destacou os esforços contínuos da equipe para superar os obstáculos e adaptar-se às mudanças, reiterando a confiança na resiliência e na capacidade do Spotify de se manter competitivo no mercado de streaming de música.

A demissão em massa, que ocorreu em dezembro de 2023, representou um corte de 17% na força de trabalho da empresa. A decisão, embora difícil, foi considerada estratégica pela administração do Spotify, buscando impulsionar a eficiência e a sustentabilidade a longo prazo da empresa.

Ações Spotify (17h30 Hora de Brasília)

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Fonte: Google Finanças

Spotify registra maior aumento em ações em quase dois anos após relatar lucro no primeiro trimestre. Juntamente com o aumento no número de assinantes, há adição de novas ferramentas.

A empresa sueca anunciou na ultima terça-feira (23), que o número de assinantes pagos aumentou 14% em termos anuais, alcançando 239 milhões. Isto, em conformidade com as estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg Línea.

O número total de usuários ativos, portanto, incluindo aqueles com planos gratuitos com anúncios, aumentou para 617,9 milhões, superando as expectativas dos analistas.

As ações da empresa registraram um aumento de 11,41% nesta terça-feira em Nova York, após subirem até 16% durante o dia, marcando o maior ganho “intradiário” desde julho de 2022.