Novo levantamento aponta que desaprovação ao governo de Lula ultrapassa aprovação, destacando preocupações com corrupção e economia.
Uma pesquisa recente divulgada pelo Atlas Intel revelou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta sua maior taxa de desaprovação desde o início do mandato. Com 40% de desaprovação e 38% de aprovação, o governo enfrenta desafios crescentes, especialmente em relação à corrupção, economia e polarização política. Os dados refletem preocupações da população brasileira em meio a um cenário marcado por questões socioeconômicas e políticas complexas.
Brasileiros expressam descontentamento com o governo de Lula, destacando preocupações com corrupção e economia
Uma pesquisa recente conduzida pelo Atlas Intel revelou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta sua maior taxa de desaprovação desde o início do mandato. Segundo os resultados divulgados, a desaprovação atingiu 40% dos brasileiros, enquanto 38% ainda aprovam a gestão. Esse é o primeiro momento desde o início do governo Lula em que a desaprovação supera a aprovação, sinalizando um descontentamento crescente da população.
Os entrevistados apontaram uma série de preocupações, com destaque para questões como corrupção, pobreza, criminalidade e tráfico de drogas. Além disso, a situação econômica do país é vista como ruim por mais da metade dos entrevistados, alcançando 53% de reprovação nesse quesito.
O levantamento, realizado entre os dias 2 e 5 de março, ouviu 3.154 pessoas em todo o país, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Esse cenário reflete um momento delicado para o governo de Lula, que enfrenta críticas crescentes da população em meio a desafios socioeconômicos e políticos complexos.
Além disso, o desempenho pessoal do presidente também foi avaliado na pesquisa, revelando que 47% dos entrevistados desaprovam sua atuação, enquanto pouco mais de 45% ainda o veem de forma positiva. Essa é a primeira vez desde agosto de 2022 em que a rejeição supera a aprovação, indicando um declínio na popularidade de Lula conforme crescem as preocupações da população.
Vale-picanha? Governo Lula estuda auxílio adicional de R$ 35
O governo Lula está avaliando uma proposta para criar um voucher no valor de R$ 35 destinado a famílias cadastradas no programa Bolsa Família, permitindo a compra de até 2 quilos de carne bovina por mês. Apresentado como “Programa Carne no Prato” por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul, o projeto tem como objetivo estimular o consumo de carne entre a população de baixa renda.
Embora a proposta possa beneficiar um grande número de pessoas, recebendo apoio de algumas autoridades, especialistas e analistas levantam preocupações sobre suas limitações e consequências ambientais. A ideia de restringir o benefício à carne vermelha é vista como controversa, especialmente considerando alternativas mais acessíveis e sustentáveis, como proteínas vegetais.
Marcelo Neri, economista e pesquisador de políticas sociais, argumenta que políticas eficazes devem oferecer escolhas amplas aos beneficiários, ao invés de impor preferências específicas. Além disso, ele destaca a importância de considerar os impactos ambientais da produção de carne bovina.
Enquanto alguns veem o projeto como uma oportunidade para garantir acesso à proteína animal, outros expressam preocupação com a restrição de escolha e a falta de consideração pelas implicações ambientais. O debate sobre a proposta destaca a complexidade das políticas sociais e a necessidade de avaliação cuidadosa de seus potenciais efeitos.