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Dívida Pública Federal aumenta para R$ 6,638 trilhões em março

Tesouro Nacional divulga aumento da Dívida Pública Federal e ajustes nos custos e composição dos títulos em março.

Foto/Reprodução
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  • A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil alcança R$ 6,638 trilhões em março, um aumento de 0,65% em relação ao mês anterior.
  • A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registra R$ 6,361 trilhões, com alta de 0,67%.
  • A Dívida Pública Federal Externa soma R$ 276,73 bilhões, equivalente a US$ 55,39 bilhões, apresentando crescimento de 0,21%.
  • Emissões de títulos totalizam R$ 168,72 bilhões, enquanto resgates alcançam R$ 182,09 bilhões, resultando em um resgate líquido de R$ 13,37 bilhões.
  • O custo médio acumulado em 12 meses da DPF reduz para 10,40%, e o da DPMFi cai para 10,69%.
  • O colchão de liquidez da dívida pública é de R$ 887,41 bilhões, suficiente para cobrir 6,95 meses de vencimentos de títulos.
  • A participação de investidores não residentes na dívida interna aumenta ligeiramente para 10,15%.
  • O cenário global de abril é afetado por tensões geopolíticas e preocupações com inflação, influenciando negativamente os mercados financeiros e elevando a curva de juros no Brasil.

A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil registra R$ 6,638 trilhões ao final de março, segundo o último Relatório Mensal da Dívida, divulgado pelo Tesouro Nacional. Esse valor representa um aumento de 0,65% em relação ao mês anterior, mantendo-se dentro dos limites estipulados pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê um intervalo entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões para 2024.

A componente interna da dívida, conhecida como Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), chega a R$ 6,361 trilhões, marcando um acréscimo de 0,67%. Por outro lado, a Dívida Pública Federal Externa alcança R$ 276,73 bilhões, ou US$ 55,39 bilhões, observando um crescimento mais contido de 0,21%.

Em relação às movimentações do mercado, o Tesouro Nacional aponta que as emissões de títulos totalizam R$ 168,72 bilhões, enquanto os resgates atingem R$ 182,09 bilhões, resultando em um resgate líquido de R$ 13,37 bilhões para o mês. Deste total, R$ 12,28 bilhões correspondem à emissão líquida da DPMFi e R$ 1,09 bilhão ao resgate líquido da dívida externa.

O custo médio acumulado da DPF nos últimos 12 meses mostra uma redução, passando de 10,56% ao ano em fevereiro para 10,40% em março. Especificamente para a DPMFi, o custo médio cai de 10,97% para 10,69%.

Quanto ao colchão de liquidez, o Tesouro Nacional reporta um valor de R$ 887,41 bilhões ao término de março, um ligeiro aumento em comparação aos R$ 885,1 bilhões de fevereiro. Esse montante é capaz de cobrir 6,95 meses de vencimentos futuros de títulos.

Sobre a composição da DPF, observa-se uma pequena variação nas participações dos diferentes tipos de papéis. Os títulos pós-fixados apresentam uma diminuição em sua participação, de 42,64% para 41,77%, enquanto os prefixados registram um aumento de 23,14% para 23,86%. Os títulos indexados a índices de preços e os vinculados a câmbio mantêm uma participação estável.

Além disso, a participação de investidores não residentes na dívida mobiliária federal interna mostra um leve aumento, passando de 9,8% para 10,15%.

Em contexto global, o Tesouro Nacional destaca que abril é marcado por tensões geopolíticas e preocupações com a inflação, particularmente nos Estados Unidos. Essas condições influenciam negativamente os mercados financeiros e modificam a curva de juros no Brasil, com aumentos observados tanto no segmento de curto quanto de longo prazo.