Goldman Sachs projeta queda do dólar para R$ 4,40 nos próximos seis meses, retornando ao patamar pré-pandemia.
Os estrategistas de mercados emergentes da Goldman Sachs preveem que o dólar cairá para R$ 4,40 nos próximos seis meses, uma revisão para baixo de sua projeção anterior de R$ 4,85.
A última vez que a moeda americana ficou abaixo de R$ 4,50 foi em fevereiro de 2020, antes da pandemia. Segundo a Goldman, o diferencial de juros foi um dos principais fatores para o fortalecimento do real nos últimos meses. Além disso, outros fatores domésticos contribuíram para o fortalecimento do real e devem continuar a contribuir nos próximos meses.
Real Fortalecido e Dólar em Queda: A Economia Brasileira em Recuperação
Os estrategistas para mercados emergentes da Goldman Sachs estimam que o dólar deverá cair para R$ 4,40 nos próximos seis meses, reduzindo sua projeção anterior de R$ 4,85. A última vez que a moeda americana ficou abaixo de R$ 4,50 foi em fevereiro de 2020, antes da pandemia.
Segundo a Goldman, o diferencial de juros foi uma das principais razões para o fortalecimento do real nos últimos meses, com o investidor buscando as moedas de melhor qualidade entre os emergentes. Mas outras questões domésticas ajudaram no fortalecimento do real e deverão continuar contribuindo nos próximos meses.
Para os analistas, na reunião do Copom desta semana, o BC deverá destacar a melhora da inflação e também das expectativas, bem como o fortalecimento do real. Assim, poderá deixar em aberto a possibilidade de uma redução da Selic em agosto. Mas isso, argumentam os analistas, não retira a atratividade do carrego dos juros brasileiros, dado o elevado ponto de partida das taxas reais e o continuado progresso na inflação.
“Esperamos que os diferenciais de juros permaneçam favoráveis mesmo com o início da normalização monetária”, dizem no relatório.
O fluxo em renda fixa continuará sendo um importante vento de cauda para o real.
Outro ponto a ser considerado foi a recente revisão do outlook da dívida soberana brasileira pela Standard & Poor’s, de estável para positivo.
“Enquanto o pano de fundo doméstico permanecer favorável e as taxas de juros se mantiverem elevadas, acreditamos que o real pode ter retornos positivos nos próximos meses”, diz a nota da Goldman.
Segundo os estrategistas, o real ainda está barato e há espaço para a cotação do dólar cair antes de chegar ao preço justo, estimado no modelo do banco em R$4,30. Eles projetam uma cotação de R$ 4,60 para os próximos três meses, em vez de R$ 4,90 da estimativa anterior, e de R$ 4,40 tanto em seis como em doze meses, no lugar de R$ 4,85 e R$ 4,90.