- O dólar apresentou alta disparada nessa quinta-feira após uma decisão dividida sobre o ritmo do corte da Taxa Selic
- Isto passou a levantar preocupações sobre possíveis mudanças no perfil do colegiado do Copom
- Às 9h30 (horário de Brasília), observou-se um aumento de 0,98% no valor do dólar à vista
O dólar apresenta alta nesta quinta-feira (9), impulsionado, no entanto, por uma decisão dividida sobre o ritmo de corte da Selic. O que passou a levantar preocupações sobre possíveis mudanças no perfil do colegiado do Comitê de Política Monetária (Copom).
O comunicado do Copom também ressaltou a incerteza tanto no cenário internacional quanto no doméstico.
Às 9h30 (horário de Brasília), observou-se, portanto, um aumento de 0,98% no valor do dólar à vista. Este, atingindo R$ 5,140 para compra e R$ 5,141 para venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrou um avanço de 1,01%, equivalente a 5.148 pontos.
Às 10h59, no entanto, o dólar comercial renovou sua máxima, alcançando +1,65% aos R$ 5,174.
Após a divulgação da decisão, o dólar avança 1,3%, alcançando 5,1578 reais na venda. Isto, enquanto, o Ibovespa recuou 1,2%, situando-se em 127.931,37 pontos.
Neste pregão, o Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.
Atualizações anteriores do Dólar
- Dólar comercial apresenta venda: R$ 5,14 e compra: R$ 5,140
- Dólar turismo apresenta venda: R$ 5,302 e compra: R$ 5,122
O que está acontecendo com o dólar hoje?
A valorização do dólar em relação ao real ganha impulso devido às preocupações sobre uma possível interferência política mais pronunciada. Destacada pelos indicados do presidente Lula que recentemente defenderam um corte mais agressivo de 0,5 ponto percentual na última reunião do Copom.
A partir de 2025, a diretoria-colegiada do Banco Central estará predominantemente composta por indicados por Lula. Atualmente, dos nove membros, quatro foram indicados pelo presidente, enquanto, os outros cinco permanecem desde a gestão de Bolsonaro. Os próximos mandatos a expirar, contudo, em dezembro deste ano, pertencem a Roberto Campos Neto, Carolina Barros e Otávio Damaso.
Fechamento do Câmbio: Dólar fecha em leve alta
O dólar à vista fechou o pregão na segunda-feira (6) cotado a R$ 5,0741, assim, avançando 0,08% em meio a um cenário de instabilidade e trocas de sinais. Operadores relataram, dessa forma, que os investidores realizaram ajustes moderados após a moeda americana recuar 2,36% nos dois pregões anteriores, influenciada pela perspectiva de cortes nos juros nos Estados Unidos ainda este ano. Apesar da queda do dólar em relação a moedas comparáveis ao real, especialmente na América Latina, as incertezas no cenário doméstico, no entanto, limitaram o avanço da moeda brasileira.
- Incertezas no Cenário Doméstico: Investidores avaliaram os possíveis impactos econômicos das enchentes no Rio Grande do Sul, que devem elevar os gastos públicos e pressionar a inflação no curto prazo. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para esta quarta-feira, 8, trouxe mais cautela ao mercado, resultando em variações modestas no câmbio. A cotação do dólar oscilou entre uma máxima de R$ 5,0918 e uma mínima de R$ 5,0608. Os contratos futuros, contudo, para junho registraram um volume inferior a US$ 10 bilhões, atípico para uma segunda-feira.
- Medidas de Apoio: O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sugeriu a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), inspirada nas medidas adotadas durante a pandemia, para liberar recursos ao Rio Grande do Sul. O presidente Lula anunciou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que prevê recursos para apoiar a recuperação do estado, portanto, permitindo a liberação de créditos extraordinários fora da meta de resultado primário.
- Cenário Internacional: O índice DXY, que mede a força do dólar em relação a seis moedas, apresentou uma leve alta devido às perdas do iene. O euro e a libra tiveram ganhos modestos em relação ao dólar. O aumento dos preços das commodities, como minério de ferro, e a queda nas taxas das Treasuries impulsionaram a maioria das moedas emergentes. Ainda, que embora os ganhos tenham sido reduzidos ao final do dia.