- O dólar a vista mantinha-se praticamente estável em relação ao real, nesta abertura
- Na sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,3247 na venda, registrando um aumento de 1,44%
- Os dados da inflação ao consumidor nos EUA serão outro ponto de atenção na tomada de decisão do Fed
Nas primeiras negociações desta segunda-feira (10), o dólar à vista mantinha-se praticamente estável em relação ao real. Isto, em meio ao início de uma semana agitada, com a divulgação de importantes dados de inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, além das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed).
Por volta das 09h28, o dólar à vista registrava uma leve alta de 0,03%, sendo cotado a R$ 5,326 na compra e na venda. Enquanto isso, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento apresentava uma queda de 0,43%, situando-se aos 5.342 pontos. A cautela dos investidores reflete a expectativa em torno desses eventos-chave, que podem influenciar significativamente o comportamento do mercado cambial ao longo da semana.
Na sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,3247 na venda, registrando um aumento de 1,44% e alcançando seu maior valor de fechamento desde 5 de janeiro de 2023.
Neste pregão, o Banco Central realizará um leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional. Assim, como parte da rolagem do vencimento de 01 de agosto de 2024.
Por hora, o dólar comercial em valor de compra está em R$ 5,326, enquanto, o valor de venda está em R$ 5,326.
Ainda, o dólar turismo, em valor de compra está em R$ 5,324, enquanto, o valor de venda está em R$ 5,504.
O que está acontecendo com a moeda nesta segunda-feira?
Na próxima quarta-feira (12), o Federal Reserve dos Estados Unidos concluirá sua reunião de política monetária de dois dias. Na sexta-feira (14), dados divulgados mostraram que as folhas de pagamento não agrícolas aumentaram em 272 mil empregos no mês passado. Assim, superando significativamente as expectativas, que eram de 185 mil empregos, conforme uma pesquisa da Reuters.
Atualmente, os mercados estão precificando um corte de 36 pontos-base nas taxas do Fed este ano, em comparação com quase 50 pontos-base, o equivalente a dois cortes de 25 pontos-base, antes dos dados do emprego.
Além disso, os dados da inflação ao consumidor nos EUA serão outro ponto de atenção na tomada de decisão do Fed.
Dólar dispara e vai a R$ 5,33
O dólar voltou a subir e opera em forte alta nesta sexta-feira (7), impulsionado por sinais contraditórios sobre a política monetária nos Estados Unidos. Investidores estão atentos a dados recentes que sugerem um mercado de trabalho forte, levantando preocupações de que o Federal Reserve possa adiar os cortes nas taxas de juros.
De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, a criação de empregos superou as expectativas em maio, reforçando a ideia de que o Fed pode adiar as mudanças nas taxas de juros. Essa incerteza sobre o futuro das taxas de juros nos EUA tem sido o principal motor por trás da recente valorização do dólar.
Indicadores
Às 16h15, o dólar subia 1,38%, cotado em R$ 5,3238. Na máxima, chegou a R$ 5,3273.
Ontem (6), a moeda norte-americana caiu 0,89%, cotada a R$ 5,2498. Com o resultado, acumulou: alta de 0,91% na semana e no mês; ganho de 9,16% no ano.
Dados econômicos recentes sugerem, no entanto, que a economia dos EUA pode estar desacelerando. Isto, com inflação sob controle e pressões menores sobre o mercado de trabalho. Isso leva os investidores a especular sobre uma possível redução nas taxas de juros pelo Fed, possivelmente a partir de setembro.
Entretanto, os investidores estão enfrentando dificuldades para interpretar esses sinais mistos sobre a economia dos EUA e as decisões futuras do Fed em relação às taxas de juros. Os números robustos do mercado de trabalho em maio, juntamente com o crescimento dos salários, destacam a resiliência da economia dos EUA, complicando ainda mais as previsões sobre a política monetária.
Essa incerteza tem levado a uma volatilidade significativa nos mercados financeiros globais, com o dólar se fortalecendo em relação a várias moedas. No Brasil, a alta do dólar é acentuada pela preocupação com questões internas, como o cenário fiscal e as incertezas em torno da balança comercial e dos preços das commodities.
Em resumo, os investidores estão enfrentando um cenário desafiador, tentando decifrar os sinais contraditórios sobre a política monetária dos EUA e seu impacto nos mercados globais, enquanto lidam com questões internas específicas de cada país.