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Dólar recua a R$ 5,20 com fortalecimento do mercado interno

Alívio geopolítico e atuação de exportadores impulsionam queda da moeda americana no Brasil

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI
  • Baixa do Dólar: Encerramento a R$ 5,1994, queda de 0,97% influenciada por fatores internos e externos.
  • Influência Internacional: Dólar perde força globalmente, beneficiando moedas de mercados emergentes.
  • Impacto Geopolítico: Alívio no mercado devido à não retaliação do Irã após suposto ataque israelense.
  • Expectativas de Política Monetária nos EUA: Cortes de juros previstos para o segundo semestre já precificados, limitando impactos adicionais.
  • Redução de Posições Defensivas: Investidores estrangeiros diminuem apostas defensivas no dólar.
  • Política do Banco Central do Brasil: Reiteração da prática de câmbio flutuante, com intervenções apenas em casos de disfuncionalidades.
  • Dinâmica do Mercado Interno: Entrada de exportadores no mercado e alta do Ibovespa, ambos favorecendo o real.
  • Desempenho Semanal/Mensal: Dólar fecha semana com ganhos, mostrando forte valorização no mês.

Nesta sexta-feira (19), o dólar à vista registra queda significativa, sendo negociado a R$ 5,1994, um decréscimo de 0,97%. A baixa ocorre em um cenário onde a divisa americana perde força globalmente, especialmente frente a moedas de países emergentes. O movimento abre espaço para uma intensa realização de lucros e redução das posições cambiais defensivas no mercado interno.

No cenário internacional, a falta de indicadores econômicos relevantes não detém os investidores, que se mantêm vigilantes diante das tensões geopolíticas no Oriente Médio. A ausência de retaliação do Irã após um suposto ataque israelense em seu território, ocorrido na noite anterior, colabora para a estabilização dos mercados.

Internamente, a expectativa de um corte de juros nos Estados Unidos, previsto apenas para o segundo semestre e com impacto limitado, já se reflete nos preços dos ativos globais. Durante a semana, investidores estrangeiros reduziram significativamente suas posições compradas em dólar, que haviam alcançado um novo pico histórico de mais de US$ 70 bilhões, indicando um desmonte de posições defensivas.

Mercado Interno

O mercado interno se beneficia da entrada de exportadores, que se aproveitam das cotações elevadas para vender dólares. O Ibovespa também contribui para o fortalecimento do real, impulsionado por um expressivo avanço das ações da Petrobras, em meio a rumores de que o governo pode liberar 100% dos dividendos extras retidos aos acionistas.

Ainda que o dólar tenha recuado mais de 1% hoje, encerra a semana com um ganho acumulado de 1,53%, atingindo os maiores níveis desde o final de março do ano passado. Neste mês, a moeda americana já acumula uma valorização de 3,67%, totalizando 7,13% no ano de 2024.

Em evento em Washington, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, reitera a política de câmbio flutuante do país, afirmando que o BC intervém somente para corrigir disfunções no mercado. “Intervenções frequentes poderiam provocar uma elevação acentuada dos juros futuros longos,” alerta Campos Neto.

O cenário fiscal interno, ainda em segundo plano, pode representar um obstáculo para uma queda mais acentuada do dólar, mesmo com uma melhoria do apetite ao risco no exterior.

Confira o fechamento da bolsa desta sexta-feira, 19 de abril de 2024:

Mais negociadas
MGLU3 +2,67%R$ 1,54
PETZ3+37,14%R$ 4,80
PETR4+1,71%R$ 40,53
HAPV3+2,86%R$ 3,60
CPLE6+0,76%R$ 9,31
Fonte: Google Finanças
Maiores Altas
PETZ3+37.14%R$ 4,80
CVCB3+6.67%R$ 1,92
ALPA4+5.88%R$ 9,00
RDOR3+4.85%R$ 24,45
PCAR3+4.66%R$ 2,47
Fonte: Google Finanças
Maiores Baixas
EMBR3– 2,86%R$ 30,92
GOLL4– 2,84%R$ 1,37
TRPL4– 2,66%R$ 25,25
JBSS3– 1,38%R$ 22,12
AZUL4– 1,29%R$ 9,94
Fonte: Google Finanças