As ações da Dommo deram o que falar na bolsa no pregão desta segunda-feira. Afinal, as ações da companhia Dommo (DMMO3) subiram cerca de 40% durante a sessão da Bolsa de Valores. A explicação parece simples: a Prisma Capital aumentou sua participação na companhia. No entanto, estas movimentações devem ter consequências ainda maiores que as recentes valorizações dos papéis da DMMO3. Confira agora mais detalhes!
O que vai acontecer com a Dommo?
A Dommo (DMMO3) informou na manhã desta segunda-feira que a Prisma Capital enviou uma notificação para a empresa informando sobre uma aquisição acionária relevante. De acordo com a gestora de recursos, a mesma possui agora 47,21% do capital social votante da companhia. Dessa forma, devido à dispersão das ações no mercado, o percentual pode dar a gestora o controle da Dommo.
Além disso, a gestora informou que pretende se reunir com a administração da companhia para debater eventuais mudanças na gestão. Ademais, disse que avalia “opções estratégicas em seu setor de atuação”.
Estas mudanças já estão começando a “dar as caras”, afinal, a gestora Prisma assumiu o controle da Dommo Energia – a antiga OGX – e pretende transformar a empresa num veículo para fechar M&As ou parcerias estratégicas no setor. A lógica é a mesma de um SPAC: a Dommo deve servir como uma casca para incorporar uma empresa fechada e encurtar o caminho dessa nova companhia ao mercado de capitais.
Em termos operacionais, o único ativo da Dommo é o direito de receber 5% da produção de Tubarão Martelo e Polvo sem incorrer nenhum custo com a operação. A companhia recebeu este direito em troca da venda de 80% de Tubarão Martelo para a PetroRio, há dois anos. Em uma transação que contou com US$ 100 milhões de financiamento da Prisma.
A PetroRio integrou a operação de Tubarão Martelo com o campo de Polvo e conseguiu economizar US$ 70 milhões em custos de extração, além de estender em 10 anos a vida útil dos campos. Dentro da Dommo ainda há cerca de R$ 1,5 bilhão em contingências tributárias que estão sendo questionadas pela companhia e mais de R$ 7 bilhões em créditos tributários, cuja utilização ainda é incerta.