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É hora de investir no exterior?

Especialistas explicam os principais aspectos e vantagens para quem deseja fazer aplicações financeiras em empresas internacionais.

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Especialistas do mercado explicam os principais aspectos e vantagens para quem deseja fazer aplicações financeiras em empresas internacionais.

Com a redução da taxa Selic no Brasil a 12,75%, a alta dos juros nos Estados Unidos para entre 5% e 5,25% – o que leva a uma valorização da moeda americana –, somado à globalização dos mercados e avanços tecnológicos que facilitam o acesso a ativos estrangeiros, investidores de todos os níveis têm explorado oportunidades além das fronteiras de seus países de origem. Um fenômeno que não apenas diversifica as carteiras de investimentos, mas também oferece a chance de aproveitar novos mercados, setores e moedas estrangeiras.

Para Cauê Mançanares, CEO da Investo, uma das principais motivações por trás dos investimentos internacionais é a busca por maior rentabilidade e diversificação nos investimentos.

“Ao investir em ativos estrangeiros, os investidores podem reduzir a exposição a riscos específicos de seus mercados locais e aumentar as chances de obter retornos mais atraentes. Além disso, a diversificação geográfica pode ajudar a compensar eventuais desempenhos ruins em uma região com ganhos em outra”, explica.

O executivo exemplifica, ainda, o cenário acima a partir do ETF WRLD11, lançado em 2021 pela Investo. “O WRLD11 permite ao investidor aplicar suas finanças em um único produto que reúne mais de 9 mil das principais empresas do mundo e proporciona diversificação setorial e geográfica da carteira de investimentos. Entre as companhias inseridas neste ativo, estão Apple, Microsoft, Tesla, dentre outras”.

Vale ressaltar que existem diversas formas de investir internacionalmente. ETFs brasileiros que compram ativos no exterior, por exemplo, podem ser adquiridos diretamente na bolsa brasileira, B3, mas existem outras opções que envolvem a abertura de conta em corretoras estrangeiras, como:
 

  • Ações internacionais: comprar ações de empresas estrangeiras por meio de bolsas de valores internacionais ou fundos mútuos que investem em ações globais.
  • Títulos estrangeiros: investir em títulos de dívida emitidos por governos ou empresas estrangeiras. Isso pode incluir títulos soberanos, corporativos ou municipais.
  • Fundos de Investimento Internacionais: aplicar em fundos que concentram seus investimentos em mercados internacionais, como os ETFs estrangeiros, por exemplo.

João Maurício Rebouças, analista da gestora Buena Vista Capital, reforça, acima de tudo, a importância de cada pessoa identificar o seu perfil de risco como estratégia fundamental para obter bons resultados. “Ao montar uma carteira de investimentos, sempre devemos considerar os objetivos e perfil de risco de cada um, mas considerando a redução da Selic e o aumento da taxa de juros nos EUA, fortalecendo o dólar, vemos que o custo de oportunidade de se investir em Renda Fixa está muito menor do que estamos acostumados. Desta forma, a busca por ativos rentáveis e por diversificação aumenta e estamos bastante confiantes no setor de tecnologia e inovação, especialmente em mercados mais desenvolvidos como os EUA e Europa que passaram por uma queda de preços recente e podemos encontrar empresas que ainda estão subvalorizadas”, explica.

É importante notar que investir internacionalmente também envolve riscos específicos, como flutuações cambiais, diferenças culturais, políticas e regulatórias, e a necessidade de compreender as dinâmicas econômicas de outros países. Além disso, a diversificação internacional deve ser parte de uma estratégia global de investimentos, equilibrando-a com ativos locais e outros instrumentos financeiros. Por isso, dentro de uma carteira de investimentos diversificada, manter uma parcela em investimentos internacionais faz muito sentido e não existe um “momento ideal” para isso. Cada investidor deve considerar seu perfil de risco, objetivos financeiros e horizonte de investimento ao decidir quanto e como investir internacionalmente.

Em suma, os investimentos internacionais representam uma oportunidade para os investidores diversificarem seus portfólios e acessarem mercados globais. No entanto, é crucial estar bem informado e tomar decisões ponderadas para colher os benefícios desse mundo de possibilidades financeiras além das fronteiras nacionais.

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