A Eletrobras (ELET3) está se preparando para anunciar uma oferta subsequente de ações (follow-on) visando a venda de sua parcela na Transmissão Paulista (TRPL4), segundo informações exclusivas do Valor Econômico.
Prevê-se que a elétrica, detentora de 35,74% da transmissora, revele a oferta na próxima semana, conforme relatos obtidos pelo jornal.
A intenção é lançar a operação após o anúncio dos resultados da Transmissão Paulista, previsto para esta segunda-feira (30), após o encerramento do mercado.
Os bancos Citi, Itaú BBA, Santander e Safra foram contratados para estruturar a oferta, segundo as fontes ouvidas pelo Valor.
Foco em novos projetos alinhados
Por outro lado, essa potencial venda permitirá à Eletrobras concentrar-se em empreendimentos mais alinhados com suas operações estratégicas.
A Eletrobras está em um processo de reestruturação, visando a otimização na alocação de capital, com foco na maximização de retorno e crescimento sustentável. Então, isso inclui desinvestimento de ativos considerados “desalinhados” à sua estratégia, como usinas térmicas.
A empresa também busca enxugar sua carteira de sociedades de propósito específico (SPEs), buscando uma estrutura mais simplificada e ágil.
Foco nas participações estratégicas
Em comunicado recente, a Eletrobras reiterou seu compromisso em reduzir participações minoritárias, como a fatia na Transmissão Paulista. Para a empresa, essa transação representaria cerca de 2% da sua base de ativos, não sendo significativa em sua estrutura global.
A iniciativa da Eletrobras é parte de sua estratégia de aprimoramento da gestão de ativos, buscando o direcionamento de recursos para empreendimentos mais alinhados aos seus objetivos estratégicos.
Portanto, o movimento reforça a visão da empresa em alinhar seu portfólio com áreas estratégicas, otimizando recursos e alavancando investimentos de maneira mais eficiente. Afinal, esta ação visa à consolidação de uma estrutura corporativa mais ágil, competitiva e focalizada em resultados a longo prazo.
Fundo de R$ 60 bilhões da Reforma Tributária beneficia Bahia, São Paulo e Minas; Centro-Oeste reclama
A Reforma Tributária no Brasil continua sendo um tópico de destaque na agenda política e econômica do país. Um dos elementos cruciais dessa reforma é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, um fundo de R$ 60 bilhões que tem o potencial de impactar significativamente os estados brasileiros. No entanto, a distribuição desses recursos tem gerado debates acalorados, com Bahia, São Paulo e Minas Gerais emergindo como os estados mais beneficiados, enquanto o Centro-Oeste expressa preocupações com a alocação desigual de recursos.
O senador Eduardo Braga, relator da Reforma Tributária, inseriu critérios de divisão do (FNDG) que favorecem a Bahia, São Paulo e Minas Gerais. Esses três estados receberiam um montante significativo dos R$ 60 bilhões anualmente a serem fornecidos pela União a partir de 2043. Estima-se que, juntos, eles receberiam cerca de R$ 13,4 bilhões, de acordo com uma reportagem da Folha.
É importante destacar que as transferências de recursos do Fundo começarão nos próximos anos. A partir de 2029, os estados beneficiários receberão um total de R$ 8 bilhões anualmente, com um crescimento gradual nos anos subsequentes. No entanto, o critério de distribuição será o mesmo, independentemente do valor recebido.
O modelo de distribuição de recursos
O modelo de distribuição de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional é um ponto de discussão central. De acordo com o texto da Reforma Tributária, 70% dos recursos serão divididos com base nos coeficientes que já são utilizados no Fundo de Participação dos Estados (FPE). Esse modelo resulta em uma alocação desigual de recursos, beneficiando estados com coeficientes mais altos.
Com base nesse modelo de distribuição, Bahia, São Paulo e Minas Gerais emergem como os principais destinatários do Fundo. Eles receberiam as maiores fatias do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. No entanto, essa alocação gera preocupações em outras regiões do Brasil.
Mato Grosso, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal estão entre as regiões que receberiam as menores parcelas do FNDR com base nos coeficientes do FPE. Essa alocação desigual tem gerado insatisfação no Centro-Oeste, com preocupações sobre a capacidade das regiões menos beneficiadas de atender às necessidades de desenvolvimento.
Equilibrando desenvolvimento regional e igualdade
O desafio fundamental reside em encontrar um equilíbrio entre o apoio ao desenvolvimento regional e a igualdade na distribuição de recursos. Os estados mais populosos e economicamente desenvolvidos recebem uma parte dos recursos, mas é importante garantir que as regiões menos favorecidas também recebam apoio adequado.
A forma como os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional são distribuídos pode ter profundos reflexos na economia e nas comunidades locais. A alocação desigual de recursos pode influenciar o desenvolvimento de infraestrutura, programas sociais e oportunidades econômicas em diferentes regiões do país.
A distribuição do Fundo de R$ 60 bilhões da Reforma Tributária continua sendo um tema de debate e preocupação. Enquanto Bahia, São Paulo e Minas Gerais emergem como os principais beneficiários, o Centro-Oeste e outras regiões menos favorecidas levantam preocupações sobre a justiça na alocação de recursos. Encontrar um equilíbrio entre o apoio ao desenvolvimento regional e a igualdade na distribuição de recursos é um desafio que o governo e os legisladores devem enfrentar enquanto buscam uma reforma tributária abrangente e equitativa.