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Eletrobras pode sofrer impacto negativo após decisão de Aneel

Na última terça-feira (21), a Aneel iniciou a deliberação sobre a revisão de um repasse bilionário que consumidores brasileiros pagam às transmissoras de energia elétrica.

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Aneel iniciou nesta semana, a deliberação sobre a revisão de um repasse bilionário que consumidores brasileiros pagam às transmissoras de energia elétrica.

Na última terça-feira (21), a Aneel iniciou a deliberação sobre a revisão de um repasse bilionário que consumidores brasileiros pagam às transmissoras de energia elétrica.

De acordo com informações, o processo se trata de um repasse de R$ 60,49 bilhões que deve ser reduzido em 19,2%, para R$ 48,84 bilhões. O que representa uma diminuição de R$ 11,64 bilhões nas contas de energia dos consumidores, mas fará com que aja um forte impacto financeiro e negativo para as transmissoras de energia.

Entre as empresas mais afetadas, está a Eletrobrás, que perderá cerca de R$ 7 bilhões em repasses indenizatórios aos quais teria direito até 2028.

Para analistas, a deliberação poderá causar impacto contábil negativo nos lucros da Eletrobras e demais companhias, reduzindo o lucro por ação e, até mesmo os dividendos.

Privatizada em 2022 durante o governo de Jair Bolsonaro, a Eletrobras já está sentindo os efeitos da deliberação em suas ações, que caíram 3,4% na Bolsa de Valores na quarta-feira (22) e seguem caindo nesta quinta-feira (23).

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Sobre a Eletrobras

Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras) é uma empresa brasileira de capital aberto que atua como uma holding, dividida em geração e transmissão, criada em 1962 inicialmente como uma Estatal, para coordenar todas as empresas do setor elétrico.

A reestruturação do setor na década de 1990 reduziu as responsabilidades da empresa, com a criação da ANEEL, do ONS, da CCEE e da EPE.

Responsável por 23% do total da capacidade de geração do país, a Eletrobras tem capacidade instalada de 42 547 megawatts em 35 usinas hidrelétricas, 9 termelétricas, 20 usinas eólicas e uma usina solar, além de participação em outros ativos de geração do Sistema Interligado Nacional (SIN).Possui mais de 74 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 40,2% do total nacional. A empresa também promove o uso eficiente da energia e o combate ao desperdício por intermédio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL).

Hoje, seu foco atual é o continente americano, em especial a integração energética na América do Sul.