A Engie Brasil Energia (EGIE3) revelou hoje que seu conselho de administração deu o aval para a venda de uma participação de 15% na Transportadora Associada de Gás (TAG) para o fundo canadense CDPQ. A operação, estruturada como “porteira fechada” ou locked box, resultará em uma significativa entrada de capital para a Engie, totalizando R$ 3,11 bilhões.
O CDPQ ofereceu um preço base de aquisição de R$ 3,11 bilhões, conforme anunciado no fato relevante divulgado pela Engie. A transação, classificada como “porteira fechada”, proporciona à Engie Brasil Energia uma opção estratégica para a rotação de ativos. Essa decisão estratégica ocorre em um momento em que a empresa mantém um sólido pipeline de projetos em implementação.
Alívio na Alavancagem e Maximização de Recursos
O desinvestimento parcial na TAG é destacado como uma opção atrativa para a Engie Brasil Energia. Segundo Eduardo Takamori, diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, essa medida permite uma rotação de ativos sem aumentar a pressão sobre a alavancagem, ratings e payout da companhia. A operação traz alívio financeiro, permitindo à empresa concentrar recursos no crescimento de seus projetos.
Com a conclusão da transação, o CDPQ elevará sua participação na TAG para 50%, enquanto a Engie Brasil Energia manterá 17,5% e a Engie S.A. ficará com os restantes 32,5%. Essa reorganização resultará em uma redução da participação total do Grupo Engie na TAG, passando de 65% para 50%.
Monetização para Impulsionar o Crescimento
A Engie Brasil Energia destaca que a transação permitirá a monetização de uma parte do valor gerado após a venda. Esses recursos serão feitos para alavancar o ambicioso plano de crescimento da empresa. Afinal, a estratégia visa garantir uma expansão sustentável e sólida em meio ao dinâmico cenário do setor de energia.
A conclusão da operação está programada para ocorrer até o final de janeiro de 2024. No entanto, a Engie Brasil Energia ressalta que o fechamento está sujeito à satisfação ou renúncia de certas condições precedentes, conforme estipulado no contrato. Essa cautela assegura que a transação ocorra de acordo com as expectativas e requisitos legais.
Em resumo, a venda da participação na TAG para o CDPQ representa uma estratégia sólida da Engie Brasil Energia para otimizar seus recursos, fortalecer sua posição financeira e impulsionar o crescimento futuro.
AgroGalaxy receberá injeção de R$ 188 milhões em capital
A AgroGalaxy, uma das principais varejistas de insumos agrícolas no Brasil, anunciou que receberá um aporte de R$ 188 milhões dos Fundos de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP) geridos pela Aqua Capital, sua controladora. Dessa quantia, R$ 38 milhões serão destinados como empréstimo, a serem liberados em janeiro, e R$ 150 milhões serão aportados por meio de Instrumentos de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC), envolvendo quatro fundos.
Reflexo nas Finanças e Mercado Agrícola
O AFAC será pago pelos FIPs Agrofundo até o prazo final. A operação ainda necessita da aprovação do conselho de administração da AgroGalaxy, e os demais acionistas terão a oportunidade de acompanhar o aumento de capital, conforme afirmou Eron Martins, CFO da empresa.
Em setembro, a AgroGalaxy já havia anunciado o alongamento de dívidas no valor de R$ 839 milhões, buscando fortalecer sua estrutura financeira frente às adversidades nos mercados de insumos agrícolas no país. Os desafios no setor foram intensificados por oscilações de preços da pandemia e pela situação na Ucrânia.
Eron Martins, CFO da AgroGalaxy, expressou que 2023 foi um ano de aprendizado para a empresa diante dos desafios enfrentados pela indústria de insumos agrícolas. Ele destacou a injeção de capital como um sinal de confiança do acionista controlador, reforçando a preparação para 2024.
Cenário Atual e Projeções Futuras
A empresa enfrentou quedas na receita líquida e no Ebitda ajustado nos primeiros nove meses de 2023, reflexo das instabilidades no mercado de insumos agrícolas. Assim, a injeção de capital e o alongamento de dívidas são estratégias para enfrentar as adversidades e posicionar a AgroGalaxy de forma mais sólida.
Dessa forma, o CEO Welles Pascoal, expressou otimismo em relação ao próximo ano. Ele prevê um mercado mais positivo em 2024, embora acredite que o apetite expansionista das grandes redes do setor será menor. Pascoal espera uma retomada na onda de consolidação após um período de equalização que pode se estender até 2025.
Portanto, a AgroGalaxy busca enfrentar os desafios do mercado agrícola por meio de estratégias financeiras, incluindo injeção de capital e reestruturação de dívidas. Afinal, o setor, impactado por fatores globais e locais, continua a demandar adaptações e planejamento cuidadoso das empresas para manter sua competitividade e sustentabilidade.