A Equatorial Energia (EQTL3), um dos principais atores do setor no país, deu um importante passo para a diversificação de seus negócios e concluiu a aquisição da Echoenergia, com a celebração do contrato de Compra e Venda de Ações, na última quinta-feira (03.02.2022).
Com o fechamento que ocorreu após o cumprimento de todas as condições precedentes no acordo celebrado em outubro de 2021 entre os acionistas das duas empresas, o Grupo Equatorial Energia, por meio da Equatorial Transmissão S/A, torna-se titular de 100% da Echoenergia, pagando o valor total de R$ 7,034 bilhões.
O valor teve alteração ao anteriormente anunciado diante da correção pela variação do CDI e ajustes usuais nesse tipo de transação, de acordo com a companhia.
O negócio está em linha com o objetivo estratégico da Equatorial de aproveitar nas oportunidades de crescimento abertas com a abertura do mercado livre, transição energética, de investir mais em energias renováveis e de gerar valor para os acionistas da companhia, com foco na eficiência financeira.
“A Equatorial dá um importante passo na nossa rota de geração de valor, ampliando sua atuação no setor elétrico brasileiro com a abertura de uma nova avenida de crescimento, desta vez, por meio do investimento em energia renovável. A aquisição seguiu ainda a nossa lógica de primar pela disciplina na alocação de capital”, destacou Augusto Miranda, CEO da Equatorial.
A Echoenergia conta com 1,2 GW de capacidade de geração eólica, com 12 parques instalados. Além disso, está bem posicionada para crescer nos próximos anos, com projetos já praticamente prontos para dar a partida na construção de empreendimentos — a maior parte deles de geração solar, sedo cinco ao todo. Os novos projetos somarão 1,2GW a capacidade de geração da Companhia após a conclusão.
“Com o investimento em renováveis, a Equatorial diversifica seus negócios — hoje mais focados em distribuição de energia — e se posiciona para ser um dos grandes players integrados do setor, numa estratégia essencial diante da expansão do Mercado Livre de Energia nos próximos anos e das transformações que o setor vive”, salientou Augusto Miranda.
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Segundo o CEO, a companhia poderá ainda usufruir de sinergias entre negócios do grupo (distribuição, transmissão, comercialização e saneamento) e implementar de parques híbridos de geração de energia. Os ativos da companhia estão especialmente concentrados no Nordeste, onde há forte presença em distribuição — com as concessões de distribuição do grupo, por exemplo, no Maranhão, Piauí e Alagoas.
O negócio também foi bem avaliado pela Echoenergia. “Nossos ativos operacionais são de alta qualidade e possuem um histórico de bom desempenho. Entendemos que os projetos já mapeados também têm esse perfil e podem acrescentar muito à estratégia da Equatorial. Por isso, acreditamos fortemente que a transação é muito positiva para os acionistas de ambas as companhias”, disse Edgard Corrochano, CEO da Echoenergia.
Acesso a créditos e ESG
Entre as vantagens da operação, estão ainda otimização e diversificação das receitas da companhia, dada a solidez da geração de EBITDA da Echoenergia. Outro ponto positivo é o acesso a novos instrumentos de crédito de custo menor e lastreados por ativos de energia renovável.
“Cerca de 25% a 30% do EBITDA no curto prazo será proveniente dos negócios de geração e transmissão, o que nos dá uma maior previsibilidade da geração de caixa”, ressaltou Augusto.
Outro aspecto favorável é o avanço em temas ESG com o investimento em saneamento — marcado pela vitória no leilão da concessão no Amapá no ano passado — e agora com a aquisição da Echoenergia no segmento de renováveis.
“Estamos fazendo um movimento firme e de longo prazo no sentido de diversificação do nosso portfólio, fortalecendo o conceito de multi-utility com impacto nas nossas práticas e ações no campo ESG”.
