Subcategoria ganhou bastante força junto aos investidores brasileiros nos últimos anos devido aos inúmeros FIIs de renda fixa e CRIs emitidos no mercado brasileiro, mostrando-se como uma ferramenta poderosa de investimento no atual cenário
Com a escalada de juros americana praticada pelo Federal Reserve e os consequentes impactos decorrentes disso, como queda dos mercados de ações e na velocidade de compra e venda de propriedades, os investidores brasileiros acabam buscando opções de investimentos livres de risco e que ofereçam retornos mais atraentes. Nesse sentido, um destaque que merece atenção é a oportunidade de investir na moeda americana nesse momento, mais forte e que passa a ter maior apelo em comparação a manter o capital investido em países emergentes como o Brasil, que não somente sofrem com os impactos diretos da escalada de juros dos EUA, como também precisam lidar com um ambiente político conturbado, além de sua própria parcela de desafios econômicos e sociais.
De acordo com o Grupo Leste, plataforma global de investimentos alternativos, uma subcategoria que vale à pena lançar foco é a “real estate debt” ou crédito privado com garantias imobiliárias, segmento que é bastante robusto nos EUA e que já se tornou uma alocação perene nos portfólios de investidores institucionais. “Para se ter uma ideia, o mercado americano de investimento em crédito privado com garantia imobiliária (excluídos CMBS e MBS) contava com mais de USD 4,7 bilhões no início de 2020. De acordo com a UQBAR, para fins de referência no Brasil, existiam R$ 83 bilhões de CRIs e R$ 177 bilhões em aberto de FIIs no mesmo período, que somavam R$ 260 bilhões (USD 52 bilhões, considerando um câmbio de R$ 5 por USD)”, destaca Paulo Chi, managing director da Leste Credit US, que faz parte do Grupo Leste nos Estados Unidos. Segundo ele, o fato de o mercado americano ser quase 100 vezes maior que o mercado brasileiro traz diversos benefícios ao investidor, como maior variedade de oportunidades, além de possibilitar o investimento em tomadores de recurso de médio porte, que contam com um certo grau de institucionalização, reduzindo o risco ao investidor, e também oferecendo um prêmio excedente pelo fato de ainda não serem considerados tomadores de baixo risco. Esta subcategoria ganhou bastante força junto aos investidores brasileiros nos últimos anos devido aos inúmeros FIIs de renda fixa e CRIs emitidos no mercado brasileiro, mostrando-se como uma ferramenta poderosa de investimento no atual cenário.
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O Grupo Leste reforça que essa subcategoria de investimento alternativo oferece, além dos benefícios destacados, outros como curto prazo de investimento (em geral de um a três anos), geração de retornos estáveis, por se tratarem de empréstimos com retorno pré-determinado, e, não menos importante, a proteção do valor investido inicialmente no crédito, tendo em vista a sobrecolateralização com a garantia imobiliária.
Atualmente, gestoras especializadas em investimentos alternativos nos EUA já oferecem ao investidor brasileiro a oportunidade de investimento em crédito privado com garantias imobiliárias, onde tanto os devedores como as garantias imobiliárias são baseados nos Estados Unidos. Com isso, proporciona-se uma camada de proteção adicional aos investidores, com a descorrelação com ativos expostos no Brasil.
É importante que o investidor se certifique que as casas atuem com especialistas que conheçam bem os mercados estrangeiros, mas, que também tenham profunda experiência com o público brasileiro e suas peculiaridades. Essa conexão entre as duas realidades é um elo fundamental para o sucesso da estratégia de investimentos, possibilitando uma carteira diversificada, ainda mais protegida e com rentabilidade superior.
