O segundo dia da Tax Trends, um dos maiores eventos da área fiscal e referência entre os profissionais de TAX que aconteceu até o dia 11 de fevereiro, trouxe um tema que vem crescendo dentro das empresas: o ESG.
O evento realizado pela Dootax e Arquivei tem como intuito trazer as principais tendências do ano para serem discutidas, além de apresentar o resultado da maior pesquisa nacional sobre a área fiscal.
Para debater o assunto ESG, o painel contou com as presenças de Thiago Souza, co-founder e head de marketing da Dootax, Mariane Cortez, coordenadora de mindset transformation da ACE Cortex e de Amanda Graciano, head de startups da Cubo Itaú. O bate-papo foi mediado por Alex Leite, diretor educacional da Live University.
O termo, traduzido para o português, significa Governança ambiental, social e corporativa, criado por uma iniciativa ligada à ONU em 2004.
Em busca de uma melhor adequação às práticas governamentais, é fundamental implementar cada vez mais o termo na rotina de uma empresa por meio de ações e mudanças.
Iniciativas e mudanças energéticas, compliance, desenvolvimento e inovação de pessoas e o valor para empresas com ESG bem implementado foram discutidos na live.
Veio para ficar ou é momentâneo?
Esse foi um dos primeiros assuntos abordados no painel, se a implementação do ESG nas empresas está sendo feita para realmente mudar e adaptar os negócios dentro das boas práticas ou apenas para benefício próprio e o “boom” momentâneo.
De acordo com o head de marketing da Dootax, a área fiscal está inserida na letra G, de governança, que compõe a sigla, porém, muitas empresas não se dão conta disso.
“Estar de acordo com a ESG muitas vezes é algo que o departamento financeiro entende como importante, já que o mercado tem fomentado essas práticas para disponibilizar incentivos. Porém, dentro do G também há a transparência, que é algo que a área fiscal está totalmente envolvida. As empresas estarem com o compliance em dia é fundamental para a reputação de todas as instituições, assim como não ter certidões positivas de débitos e dessa forma, elas também estarão implementando normas ESG”, expõe Souza.
Uma das perguntas da pesquisa Tax Trends é: Como você enxerga o compliance fiscal das empresas? E, segundo o executivo, a maioria dos entrevistados respondeu como algo muito importante e com interesse em investir cada vez mais nesse processo, pois estar em dia com o fisco é também essencial para a geração de novos negócios.
“A grande maioria quer estar com o fisco em dia, mitigação de risco e reputação. Se a sua empresa pode estar em algum sistema de corrupção ou de você estar negativo, devendo para o governo você fica impedido de fazer negócios”, disse.
Adaptação com o novo e a tecnologia
A dificuldade de promover os processos de mudanças em empresas centenárias também foi abordada no painel.
Ele afirmou que é muito difícil conseguir mudar a cultura de empresas mais antigas. O processo pode durar anos pelo fato de existirem muitos departamentos para readequar os processos.
“A tecnologia sempre vem para agregar, mesmo sendo com achismo em números ou com novas soluções. Com ideias novas. E temos startups que conseguem atuar com esse segmento”, afirma.
Exemplo de iniciativas implementadas de ESG
O executivo ressaltou o trabalho da Dootax como um grande exemplo de iniciativa à ESG.
“Somos uma empresa de automação fiscal com o propósito de descomplicar o departamento fiscal por meio da tecnologia. O Brasil é considerado o país mais burocrático do mundo, o mais complicado do mundo. E se você não tem um robô para fazer as coisas, você precisa de um humano para fazer esse trabalho manual e repetitivo o tempo todo. E a gente abraça a essa causa que é ‘menos braço e mais cérebro’. Então isso mexe no social. Vamos valorizar nossos humanos para fazer atividades que valorizam os nossos humanos. Entramos na sigla G, automatizando o pagamentos de produtos, colaborando para que a empresa fique em compliance”, explicou.