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Especialista lista 3 principais impactos do Open Finance no Brasil

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País deve ultrapassar o Reino Unido na liderança em volume de implantação do sistema e conta com 26,5 milhões de consentimentos.

O Brasil caminha cada vez mais para ultrapassar o Reino Unido na liderança em volume de implementação do Open Finance, segundo relatório mais recente da Open Banking Excellence, em parceria com a Universidade Oxford. Em dois anos, o sistema já superou a marca de 26,5 milhões de consentimentos para o compartilhamento de dados pessoais e bancários no país. Em meio a essa velocidade de expansão, é preciso ficar atento aos benefícios e cuidados necessários ao ingressar nesse universo.

Com vasta experiência no segmento, o CEO da BTTECH – lawtech com soluções para o setor jurídico – Ruy Rede, destaca que o Brasil conseguiu assumir esse protagonismo em muitas inovações tecnológicas no setor financeiro em razão da necessidade das instituições financeiras se adequarem às constantes mudanças nas regras das autoridades financeiras. De acordo com ele, isso acontecia antes em função dos altos índices de inflação antes do Plano Real.

“Essa liderança confirma a grande adaptação adquirida pelos brasileiros após décadas de aplicação de tecnologia no sistema bancário para melhorar a produtividade e reduzir custos”, avalia.

Como justificativa a essa evolução que leva o país ao atual protagonismo, o CEO aponta, de forma histórica, a mudança dos cheques para os cartões magnéticos e smartcards, a utilização dos sistemas de autoatendimento, a chegada da internet banking e, mais recentemente, a viabilização do PIX.

Ruy Rede aponta três impactos que essa liderança no Open Finance deve trazer ao país, tanto para os consumidores quanto para o mercado em geral:

Melhor oferta e custos aos consumidores
O CEO da BTTECH explica que a liderança do Brasil no Open Finance vai trazer um diferencial bem interessante para os consumidores. A partir da adesão do cliente ao sistema, a gama de serviços vai aumentar significativamente e, consequentemente, também irá melhorar a oferta e o custo dos serviços oferecidos.

Mesmo com esse bom cenário para a população Ruy Rede alerta que é necessário ter uma atenção redobrada na escolha da instituição onde a pessoa vai iniciar a transição para o Open Finance.

“Muitas vezes, o marketing das instituições é melhor que o produto de um ou outro banco. Para isso, existe a necessidade de ficar atento e comparar as ofertas, taxas e prazos a cada operação”, sugere.

Mercado competitivo e oportunidade para fintechs
Para o CEO da BTTECH, o Open Finance beneficia todo o mercado financeiro e acirra a competição entre as instituições porque elimina muitas barreiras criadas anteriormente para manter os clientes fidelizados em um só lugar.

“O Brasil é um país onde há uma forte concentração de clientes em poucos bancos”, analisa.

De acordo com Ruy Rede, o Open Finance abrirá muitas possibilidades para bancos menores e de nicho. Dessa forma, também estimula a criação de novas fintechs com produtos e serviços diferenciados. Por outro lado, ele alerta que essas novas instituições precisam estar de acordo com o compliance regulatório.

“Precisam estar aderentes às regras estabelecidas pelo Banco Central, inclusive já existem soluções de tecnologia para essa governança”, detalha.

Cuidado redobrado com a segurança
Se por um lado o Open Finance traz benefícios aos clientes e oportunidades ao mercado, do outro a questão de segurança também traz preocupações ao segmento. O CEO da BTTECH ressalta que há a necessidade de uma atenção a potenciais “artimanhas” ou golpes.

“Um pequeno descuido pode rapidamente causar um grande dano e tudo acontece muito rápido”, avalia. Ruy Rede pondera que as instituições e órgãos reguladores precisam ter uma vigilância extrema com o aparecimento de novos golpes e até com a possibilidade de crimes de lavagem de dinheiro. “O investimento em segurança é primordial para a própria existência”, completa.

Sobre a fonte
Ruy Rede é engenheiro eletrônico, pós-graduado em marketing, especialista em Compliance, segurança de dados, inovação tecnológica e automação e CEO da BTTECH, lawtech com soluções para o setor Jurídico.