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Fiesp: juros altos e guerra na Ucrânia retardam recuperação da indústria

Apesar do crescimento da produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro, com avanço de 0,6% na indústria de transformação e de 5,3% na extrativa, o nível de atividade do setor ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia. Saiba mais.

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Apesar do crescimento de 0,7% da produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro, com avanço de 0,6% na indústria de transformação e de 5,3% na extrativa, o nível de atividade do setor ainda está 2,6% abaixo dos níveis pré-pandemia (fevereiro/2020). A expectativa da FIESP para a atividade industrial não é de forte recuperação para os próximos meses.

Estímulos fiscais, como a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados, pensionistas e o saque do FGTS no valor de R$ 1.000, são elementos favoráveis para a retomada da indústria de transformação, mas outros fatores jogam contra o crescimento.

A guerra na Ucrânia coloca pressão adicional sobre os custos de produção, postergando a normalização das cadeias globais de insumo, e as altas taxas de juros também influenciam negativamente, sobretudo a indústria de transformação.

A taxa Selic está em 11,75% e a expectativa do mercado é que encerre em 13% em 2022. A Fiesp estima que um aumento de 1,0 p.p da taxa real de juros, por exemplo, tem impacto sobre o PIB da indústria de transformação 50% maior do que sobre o PIB total.

Para o ano de 2022, a projeção da FIESP para a produção industrial brasileira é de queda de 1,5%. Se essa expectativa se confirmar, será a sexta redução da produção industrial num intervalo de dez anos. Para a economia brasileira, a expectativa da FIESP é de estabilidade do PIB em 2022.