Flórida mantém crescimento imobiliário em 2024

Propriedades no estado americano devem seguir atrativas para investidores brasileiros.

O dinâmico mercado imobiliário da Flórida está passando por uma reavaliação em 2024. As taxas de juros elevadas e o aumento dos custos de seguros têm impactado a acessibilidade dos imóveis, mas a demanda continua alta. Com o preço médio de uma casa na Flórida atingindo novos recordes, o mercado apresenta sinais de estabilização. Os números comprovam o favoritismo do estado mais ensolarado dos EUA, tanto por americanos buscando novos ares quanto por estrangeiros que querem investir em propriedades em terras estadunidenses.

De acordo com um estudo recente da Florida Realtors, o preço médio das casas unifamiliares na Flórida chegou a US$ 427 mil em junho de 2024, representando um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Esta forte procura também fez com que a quantidade de casas à venda, conhecida como inventário disponível, permanecesse um pouco baixa, com uma oferta de 4,6 meses, abaixo dos seis meses tradicionais. Isso mostra o aquecimento da área.

Segundo Leandro Sobrinho, sócio da Davila Finance, empresa especializada em gestão de investimentos imobiliários na região central da Flórida, os imóveis continuam sendo uma aquisição estratégica na carteira de estrangeiros que se interessam por propriedades nos Estados Unidos.

“Embora o aumento das taxas de juros tenha desacelerado um pouco o mercado, a Flórida continua sendo um destino atraente para investidores devido à sua economia forte e ao clima agradável. Estamos vendo um interesse cada vez maior, e não apenas nas cidades mais procuradas”, explica o especialista.

Impacto das políticas econômicas

As políticas econômicas exercem grande influência na formação do mercado imobiliário. As taxas de juros de hipoteca em torno de 7% têm desafiado os compradores, mas incentivos oferecidos por construtoras, como taxas reduzidas para financiamentos internos e créditos para ajudar na compra, têm mantido o mercado aquecido. O tempo de construção de novas casas está em torno de 9 a 12 meses, refletindo a escassez de mão de obra na construção civil em várias áreas metropolitanas do estado.

Segundo Thiago Davila, sócio da Davila Finance, estes dados reforçam a tendência de aquecimento de toda a região.

“O aumento no tempo de construção tem levado muitos compradores a optarem por casas recém-construídas no mercado de revenda, mesmo que isso signifique pagar o preço total ou até um pouco acima. A demanda por imóveis em bairros com boas escolas e localização privilegiada continua forte”, aponta.