Fundos multimercado perdem espaço nas carteiras recomendadas do Santander

 Os multimercados perderam espaço na Carteira Modelo Santander – portfólio de indicações mensais de investimentos – em março. A redução foi motivada pela forte volatilidade observadas nos fundos no mês passado. No ano, considerando o fechamento de fevereiro, enquanto o CDI avançou 2,05%, o IHFA, índice que serve como referência para a classe de multimercados, subiu 0,96%. 

Segundo Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander, embora em menor intensidade, estes ativos continuam nas indicações do Banco por serem opções para diversificação, já que são flexíveis e conseguem se adaptar às diversas movimentações de mercado. “Até então, o retorno destes fundos estava relativamente homogêneo. No entanto, este mês o cenário ficou um pouco mais estressado, mas a recomendação continua”, afirma.

Um bom exemplo é o Fundo Alocação Macro que, mesmo diante das incertezas, performou acima do referencial. Nos últimos 12 meses, o fundo avançou 14,66%, enquanto o CDI subiu 13,00%.

Outra categoria que também teve redução na recomendação dentro da Carteira Modelo em março foi a renda variável. “O cenário macroeconômico acabou piorando em fevereiro e atingiu a bolsa de valores, com incertezas sobre os juros nos Estados Unidos e as dúvidas sobre o plano fiscal aqui no Brasil”, afirma Arley. O Ibovespa acumula queda de 4,38% no ano, até fevereiro.

A renda fixa, no entanto, continua como destaque nas Carteiras, com a expectativa de que as taxas de juros só deverão começar a cair a partir do 4º trimestre deste ano. “Continuamos nossas apostas nas opções pós-fixadas como o CDB, Fundos DI e crédito privado, que se beneficiam em um cenário de Selic alta” afirma Arley.