Despesas recordes de Lula com cartão corporativo geram polêmica e questionamentos sobre viagens ao exterior.
O presidente Lula, em seu terceiro mandato, tem chamado a atenção devido aos gastos elevados com o cartão corporativo, superando seus antecessores, Jair Bolsonaro, Michel Temer e Dilma Rousseff. Segundo dados do Portal da Transparência, mantido pela CGU, Lula acumulou gastos próximos a R$ 8 milhões nos sete primeiros meses de sua gestão.
Esse valor mensal médio de cerca de R$ 1,1 milhão supera o de Bolsonaro, que era de R$ 1 milhão. A justificativa do Palácio do Planalto é que a maior parte das despesas de Lula está relacionada a viagens ao exterior. No entanto, o detalhamento das despesas permanece sigiloso, gerando debates e pedidos de investigação por parte da oposição.
Polêmica envolve gastos de Lula com cartão corporativo e viagens internacionais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido alvo de discussões e questionamentos devido aos altos gastos registrados em seu cartão corporativo durante seu terceiro mandato. De acordo com informações do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU), Lula acumulou despesas próximas a R$ 8 milhões nos sete primeiros meses de sua gestão, o que o coloca no topo da lista de presidentes com os maiores gastos nessa categoria.
Comparativamente, o atual presidente gastou em média cerca de R$ 1,1 milhão por mês, considerando os valores corrigidos pela inflação até agosto do ano em questão. Essa cifra supera os gastos mensais de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que se mantinha na casa dos R$ 1 milhão. Michel Temer e Dilma Rousseff, que ocuparam a presidência antes de Bolsonaro, registraram despesas mensais significativamente menores, com R$ 584 mil e R$ 905 mil, respectivamente.
O que tem gerado controvérsia é a justificativa dada pelo Palácio do Planalto para esses gastos elevados. Segundo o governo, a maior parte das despesas de Lula está relacionada a viagens internacionais. Durante seus primeiros oito meses no cargo, o presidente realizou 19 viagens ao exterior, sendo algumas delas para eventos de destaque, como a coroação do rei Charles 3º na Inglaterra, visitas ao Japão e à Itália.
No entanto, o detalhamento das informações e das despesas permanece sigiloso, classificado como ultrassecreto com base na Lei de Acesso à Informação. O argumento é que a exposição desses detalhes pode colocar em risco a segurança do presidente.
Ainda em 2020, foi revelado que as faturas de Bolsonaro estavam mais altas que nas gestões Temer e Dilma – não havia ainda informações sobre as despesas nos governos anteriores de Lula. Na época, também não havia detalhamento das compras e pagamentos feitos.
Petistas, então, passaram a defender a investigação do uso do cartão e, ao longo do mandato de Bolsonaro, pediam a quebra de sigilo dos gastos.
Agora, diante disso, a oposição no Congresso tem buscado formas de apurar essas despesas, com pedidos de auditoria por parte do Tribunal de Contas da União (TCU). A polêmica em torno dos gastos de Lula com o cartão corporativo promete continuar a gerar debates e investigações nos próximos meses.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, presidida pela deputada Bia Kicis (PL-DF), aliada de primeira hora de Bolsonaro, aprovou em junho um requerimento para que o TCU (Tribunal de Contas da União) faça uma auditoria nos gastos.
O pedido foi apresentado pelo deputado federal Kim Kataguiri do partido União Brasil-SP. Vale ressaltar que o União Brasil tem três ministérios no governo Lula, mas uma ala da sigla é oposição a Lula.