Mesmo com quedas consecutivas, a arrecadação federal de impostos atinge R$ 1,7 trilhão até setembro de 2023.
De janeiro a setembro de 2023, a arrecadação federal com impostos alcançou a marca de R$ 1,710 trilhão, já considerando o desconto da inflação. Este valor, embora expressivo, é ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 1,723 trilhão.
Setembro marcou a quarta queda consecutiva na arrecadação, com um recuo de 0,34%, totalizando R$ 174,3 bilhões. Em comparação, setembro de 2022 teve uma arrecadação de R$ 174,9 bilhões. Esses dados foram divulgados pela Secretaria da Receita Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda.
Arrecadação federal mostra queda, mas ainda assim acumula R$ 1,710 trilhão no ano
A arrecadação federal tem sido um indicador importante da saúde econômica do país. No período de janeiro a setembro de 2023, o governo federal arrecadou R$ 1,710 trilhão em impostos, já descontando os efeitos da inflação. Este montante, embora significativo, é um pouco menor do que o valor arrecadado no mesmo período em 2022, que totalizou R$ 1,723 trilhão.
Segundo a Secretaria da Receita Federal, o órgão do Ministério da Fazenda responsável por divulgar esses dados, setembro de 2023 marcou a quarta queda consecutiva na arrecadação de impostos pelo governo. O recuo foi de 0,34%, resultando em uma arrecadação de R$ 174,3 bilhões.
Vale salientar que a economia brasileira não está em seu melhor momento aos olhos de muitos cidadãos. Segundo uma pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 38% da população considera a situação econômica do país como ruim ou péssima.
Por outro lado, 24% veem a conjuntura atual como boa ou ótima, e 36% a classificam como regular. A pesquisa, intitulada “Retratos da Sociedade Brasileira – Economia e População”, também revelou que 53% dos brasileiros são otimistas e acreditam que a economia melhorará nos próximos seis meses. No entanto, há um ceticismo em relação ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Apesar da avaliação predominantemente negativa, há um otimismo moderado sobre o futuro. Mais da metade dos entrevistados (53%) acredita que a economia vai melhorar nos próximos seis meses. No entanto, o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é visto com ceticismo por uma parcela da população. Para 22%, a situação econômica tende a piorar, enquanto 21% acreditam que não haverá mudanças significativas.
Robson Braga de Andrade, presidente da CNI, comentou sobre a pesquisa, destacando a importância da percepção positiva para os próximos meses, pois influencia as decisões de consumo da população.
“A percepção mais positiva da população para os próximos seis meses é importante, pois afeta as decisões de consumo”, comentou.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) e ouviu 2.004 pessoas em todas as 27 unidades da Federação, entre os dias 14 e 19 de setembro de 2023. Esses dados fornecem uma visão valiosa sobre o sentimento do público em relação à economia, que pode influenciar as políticas governamentais e as decisões de investimento no país.
Brasil e Ucrânia no top 3 dos países emergentes mais endividados, segundo FMI
A dívida pública bruta brasileira está projetada para atingir 88,1% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda em 2023. Esta porcentagem deve aumentar para 96,2% até 2028. Em comparação, o Egito lidera o ranking com um endividamento bruto de 92,7% do PIB. A Argentina, que atualmente enfrenta uma crise financeira significativa, ocupa o segundo lugar com 89,5%.
O PIB, que representa a soma total de bens e serviços produzidos no país, está previsto pelo Fundo para alcançar a marca de US$ 2 trilhões. A relação dívida/PIB é um indicador crucial utilizado pelo FMI para monitorar a capacidade de um país em cumprir seus compromissos financeiros com os credores.
O relatório também destacou que a dívida pública global está em uma trajetória ascendente, crescendo a um ritmo muito mais acelerado do que as projeções anteriores à pandemia. Em relação às contas públicas brasileiras, o FMI projeta que o governo central terminará 2023 com um déficit primário de 1,2% do PIB. Esta estimativa é mais otimista do que a previsão anterior de 2% divulgada em abril. As projeções indicam que as contas continuarão no vermelho em 2024, com um déficit de 0,2%, mas devem reverter para um superávit de 0,2% em 2025.
O documento conclui afirmando que as projeções fiscais para 2023 são reflexo da política econômica atualmente em vigor no Brasil.