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Governo brasileiro expulsa embaixadora da Nicáragua: entenda

O governo Lula decidiu expulsar a embaixadora da Nicarágua no Brasil Fulvia Patricia Castro Matu.

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O governo Lula decidiu expulsar a embaixadora da Nicarágua no Brasil Fulvia Patricia Castro Matu.

Nesta quinta-feira (08), o governo Lula decidiu expulsar a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Fulvia Patricia Castro Matu. O Itamaraty se valeu do princípio da reciprocidade depois de a ditadura de Daniel Ortega ordenar que o embaixador brasileiro Breno Souza da Costa deixasse o país.

Segundo informações, as fontes do Itamaraty disseram que ele deve sair da Nicarágua ainda hoje. A ordem da ditadura Daniel Ortega para expulsar o embaixador brasileiro foi uma retaliação à sua ausência na elebração dos 45 anos da Revolução Sandinista.

O gesto de expulsar embaixadores, algo grave em linguagem diplomática, marca o distanciamento entre Lula e Ortega.

O presidente brasileiro tem relação de longa data com o ditador, que ficou tensionada pela perseguição a líderes religiosos na Nicarágua. Lula disse há pouco mais de duas semanas que Ortega não atende às suas ligações, desde que ele se propôs a interceder pela liberação do bispo Rolando Álvarez — condenado a 16 anos de prisão pelo regime.

“Não adianta querer ser um líder global que respeita a soberania dos países e abraçar ditador como se estivesse tudo bem nesses países”, continua. “É a oportunidade de ter uma relação mais formal, que consiga pressionar esses países sem partir da simpatia ideológica.”

Governo Lula quer taxar quem aluga pelo Airbnb e Booking

Na última segunda-feira (08), representantes do segmento se reuniram com o secretário do Fisco, Robinson Barreirinhas e discutiram sobre a Receita Federal estar avaliando formas de cobrar Imposto de Renda sobre aluguéis recebidos por meio de plataformas como Airbnb e Booking.com, atendendo a pedido do setor hoteleiro.

O presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Orlando Souza,  adiantou que as ações podem incluir “uma revisão das declarações dos últimos cinco anos e a implementação de um mecanismo para cruzamento de dados dessas operações”.

Segundo informações, a Receita Federal não quis comentar o assunto, mas interlocutores confirmaram ao Estadão que as medidas estão sendo elaboradas e que os contribuintes terão a chance de autorregularização.

Para Souza, a principal questão é o “desequilíbrio concorrencial”. Ele ressalta que a prioridade é garantir a taxação da renda dos anfitriões para alcançar uma concorrência mais justa.

O que o Airbnb disse

Airbnb afirmou que os anfitriões são responsáveis por recolher impostos e que a plataforma sempre enfatizou a educação de sua comunidade.

“Contamos com o Centro de Recursos Fiscais, uma página especial que disponibiliza informações relevantes aos anfitriões para ajudá-los a compreender as obrigações tributárias no Brasil”, diz a nota.

Governo Lula está sendo irresponsável no fiscal, afirma analista

presidente Lula fez um pronunciamento em rede nacional para avaliar os 18 meses de seu governo. Este, iniciado em janeiro de 2023. 

Lula destacou avanços econômicos, enfatizando seu compromisso com a responsabilidade fiscal. Entre os pontos abordados, ele mencionou recordes nas exportações. E elogiou a Petrobras, celebrou a aprovação da reforma tributária e anunciou que levará ao G-20 a proposta de taxação de super-ricos. No entanto, Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, criticou o discurso, classificando-o como uma “peça de propaganda” e afirmando que o país ainda enfrenta desafios relacionados à responsabilidade fiscal.

“É uma peça de propaganda. De fato, as exportações foram recordes, e algum investimento começa a voltar, só que a gente não está vivendo muito bem um cenário de responsabilidade fiscal .Temos um déficit primário muito elevado e o risco de dívida pública é extremamente elevado”, aponta.

O pronunciamento em rede nacional de Luiz Inácio Lula da Silva foi o quarto desde o início de seu mandato e ocorreu dois dias após o lançamento da nova fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que contará com uma seleção de R$ 41,2 bilhões provenientes de propostas dos municípios.

O discurso, contudo, vem em um momento delicado para as contas públicas. No dia 22 deste mês, o governo anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões em despesas obrigatórias do Orçamento de 2024 e um contingenciamento adicional de R$ 3,8 bilhões para cumprir a meta fiscal zero. Essas medidas foram necessárias para cobrir um aumento de R$ 11,3 bilhões nas despesas, incluindo gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Previdência.

Essas ações, portanto, evitaram um possível déficit de R$ 32,6 bilhões, o que representaria um descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Com as medidas adotadas, o déficit projetado para 2024, no entanto, é de R$ 28,8 bilhões.

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