O Grupo Mateus, 4º maior varejista do Brasil, fará sua estreia na Bolsa de Valores, a B3, com valor de R$ 20 bilhões.
A princípio, após Procedimento de Bookbuilding, a ação ficou precificada em R$ 8,97, portanto, atingiu piso da faixa estimada entre R$ 8,97 e R$ 11,66. Sendo assim, a empresa movimentou aproximadamente R$ 4 bilhões em um IPO nesta quinta (08).
Dessa maneira, o resultado significa recordes para o grupo.
Em primeiro lugar, essa foi a maior abertura de capital na Bolsa brasileira desde o IPO da BR Distribuidora (BRDT3), feito em 2017. Nesse sentido, com este valor, a companhia terá o maior IPO da história do Nordeste, à frente da Hapvida (HAPV3), segundo Brazil Journal.
Além disso, o valor de mercado informado supera o Pão de Açúcar (PCAR3), com R$ 18,5 bilhões, e Carrefour Brasil (CRFB3), com R$ 11 bilhões, conforme O Globo.
De acordo com o Grupo Mateus, o recurso levantado na Bolsa já tem destino definido. Sendo assim, o grupo pretende consolidar domínio nos estados do Maranhão, Piauí e Pará antes de expandir para um novo estado, o Ceará.
Ademais, de acordo com prospecto da empresa, ela estará sendo ofertada sob o ticker “GMAT3” no segmento Novo Mercado, da B3.
Por fim, a estreia do Grupo Mateus na Bolsa está prevista para 13 de outubro.
Dados recentes do Grupo Mateus
Primeiramente, a história do grupo Mateus se mistura com a de seu fundador, Ilson Mateus. Nesse sentido, o ex garimpeiro começou uma mercearia no Maranhão em 1986 que, com o passar dos anos, foi ganhando expansão pelo Nordeste.
Atualmente, o grupo é um conglomerado com mais de 130 lojas e aproximadamente 25 mil colaboradores.
Em síntese, alguns destaques da companhia são faturamento de R$ 9,9 bilhões para 2019, com lucro líquido de R$ 338 milhões.
Além disso, para o primeiro semestre de 2020, o Grupo Mateus informou lucro líquido de R$ 297 milhões. Sendo assim, um crescimento de 77,8% em relação ao mesmo semestre do ano anterior.
Por outro lado, o grupo viu sua unidade Mix Atacarejo, no Maranhão, ganhar manchetes recentemente sobre um acidente que matou 1 funcionária e feriu oito pessoas.
Nesse sentido, a empresa reapresentou prospecto de IPO após acidente reconhecendo que o evento ocasionou e pode ocasionar “efeito adverso” sobre os negócios e imagem. Além disso, a empresa abriu prazo de desistência até 9 de outubro aos investidores institucionais que fizeram pedido de reserva.