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Hora do ataque: Itaú revela estratégia para ganhar das Fintechs

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O Banco Itaú parece ter declarado guerra as Fintechs: companhias independentes formadas para gerir tecnologia e serviços financeiros. Nos últimos anos, a tendência das fintechs tomaram o gosto do grande público, com companhias como o Banco Inter e o Nubank conquistando grandes faixas do mercado com um processo de digitalização, até então descartados nos grandes bancos.

No entanto, após largarem “atrás” nesta corrida, Roberto Setubal, Pedro Moreira Salles e Milton Maluhy Filho grandes nomes dentro do Itaú, divulgaram recentemente o plano de ataque do “bancão” contra as fintechs para “nivelar o jogo”.

“Estamos partindo para o ataque, para conquistar novos espaços no mercado e procurar de fato concorrer com os novos entrantes, que trouxeram novos desafios em termos de satisfação de clientes”.

Roberto Setubal, copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, durante o Itaú Day.

Segundo Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, as mudanças promovidas na cultura, os investimentos em tecnologia, as mudanças na forma de trabalhar, estão começando a ter efeitos práticos e positivos.

Maluhy Filho citou que dos 66 milhões de correntistas pessoas físicas do banco, 67% são de perfil engajados, confiando na instituição praticamente toda a sua necessidade financeira. E que, no primeiro semestre deste ano, mais 2 milhões de correntistas se enquadraram nessa classificação.

“A receita desses clientes é mais de dez vezes superior a de um cliente não engajado, e o aumento de 1% na base de engajados, gera um resultado incremental de aproximadamente R$ 1,2 bilhão por ano”, afirmou.

“Seguiremos assim, melhorando a jornada dos clientes, revistando processos, buscando eficiência e melhorando sua experiência de ponta a ponta.”

O diagnóstico é que fidelizar clientes é fundamental no momento em que eles encontram uma gama enorme de ofertas financeiras no mercado.

“A centralidade do cliente é o que vai definir a capacidade real de competir das empresas”, disse o CEO do Itaú Unibanco.

“Não basta ser grande, é preciso ser rápido e obcecado pelo cliente.” Maluhy Filho também comentou sobre a agenda de aquisições.

No começo do ano, o Itaú fechou a compra da corretora digital Ideal e, em julho, adquiriu uma fatia de 35% da empresa especializada em investimentos no exterior Avenue. O banco também fechou uma parceria com a Totvs para distribuir produtos financeiros a pequenas e médias empresas.

Do lado da tecnologia, o Itaú voltou a projetar que deve chegar até o fim do ano com 50% dos seus sistemas nas nuvens, conforme disse Setubal em sua participação em uma live promovida pela Kinea Investimentos em 23 de agosto.

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