Notícias

Ibovespa fecha abril com alta de 3,21% superando os 104 mil pontos

imagem padrao gdi
imagem padrao gdi

Ibovespa fecha em alta de 3,21% no mês, alcançando 104 mil pontos, impulsionado pelo IBC-Br e resultados corporativos.

O Ibovespa encerrou o mês de abril com alta de 3,21%, superando os 104 mil pontos, impulsionado pelos resultados e dados econômicos divulgados no Brasil e nos Estados Unidos. O índice foi especialmente favorecido pela surpresa positiva do IBC-Br, que registrou alta de 3,2% na comparação mensal e 2,8% na anual.

No cenário internacional, o índice de Preços sobre Consumo Pessoal (PCE) de março ficou levemente acima das expectativas, o que alimenta a perspectiva de aumento da taxa de juros nos EUA. No âmbito corporativo, as ações da Gol, BRF e Hapvida lideraram as altas.

IBC-Br surpreende e PCE nos EUA mantém pressão por aumento de juros, alimentando otimismo no mercado

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o pregão desta sexta-feira, 28, com alta de 1,47%, alcançando o patamar dos 104 mil pontos. Com o resultado, o índice fechou o mês com alta de 3,21%. Neste pregão, os investidores reagiram à bateria de resultados e dados econômicos divulgados no Brasil e Estados Unidos.

No pregão desta sexta-feira, o índice foi especialmente impulsionado pela surpresa positiva do IBC-Br, que teve uma alta de 3,2% na comparação mensal e 2,8% na anual.

“Foi bem acima do que nós esperávamos. Foi uma surpresa bastante forte. Esse IBC-Br mostra que vamos ter uma atividade bastante forte no primeiro trimestre”, disse Laiz Carvalho, economista do BNP Paribas.

A expectativa do banco é de que o PIB cresça 0,9% no primeiro trimestre. “O setor de serviços deve desacelerar, mas mais lento. A desaceleração do PIB deve ser mais forte só no segundo semestre.”

Lá fora, o indicador mais aguardado do mercado internacional foi o índice de Preços sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) do mês de março.

O núcleo do PCE teve alta mensal de 0,3% e anual de 4,6%, ficando levemente acima da expectativa de 4,5%. O PCE do mês anterior foi revisado de 4,6% para 4.7%. O dado é considerado uma das principais balizas para a política monetária do Federal Reserve (Fed). O PCE cheio de março ficou em 0,1% ante a projeção do mercado de 0,3%.

“O PCE, indicador de inflação utilizado pelo Fed, segue forte e indica um possível aumento em 0,25 p.p. na próxima reunião”, afirmou Gabriel Ribeiro, trader do Braza Bank. Os principais índices abriram em queda nos Estados Unidos, mas viraram para alta após os primeiros negócios. Na Europa, as bolsas fecharam em alta.

No corporativo, as maiores altas foram da Gol (GOLL4), com 9,03%, BRF (BRFS3), com 8,94%, e Hapvida (HAPV3), com 7,81%. Também registraram forte alta as ações da Alpargatas (ALPA4), refletindo a renúncia de Beto Funari do cargo de CEO da dona da Havaianas.

A Bolsa chegou a avançar em ritmo mais acelerado ao longo do mês, mas acabou devolvendo parte do ganho, fechando em 3% de alta.

A moeda americana, porém, vem como um possível alívio para a inflação, com queda de 1,87% no mês. O dólar fechou em alta de 0,14%, a R$ 4,987, depois de chegar à máxima de R$ 5,018 no dia.