- Dólar fecha em alta acima de R$ 5,40, impulsionado por preocupações internas.
- Investidores demonstram inquietação com a perda de capital político do ministro da Fazenda e a tensão entre governo e Congresso.
- Descolamento da moeda brasileira do cenário global, apesar de indicadores favoráveis nos EUA.
- Dólar à vista encerra com alta de 0,84%, atingindo maior valor desde janeiro de 2023.
- Aversão ao risco interna impede queda do dólar, mesmo com baixa das taxas dos Treasuries nos EUA.
- Incerteza política e falta de medidas concretas para conter gastos públicos contribuem para volatilidade do mercado cambial.
O dólar encerrou em alta nesta quarta-feira, 11 de junho, ultrapassando a marca de R$ 5,40, em meio a preocupações com o cenário interno do país. Mesmo com sinais de baixa da moeda americana no exterior, questões políticas e econômicas locais ditaram o rumo do mercado cambial.
Investidores demonstraram crescente preocupação com a perda de capital político do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a relação cada vez mais tensa entre o governo e o Congresso. Essa inquietação foi exacerbada pela devolução da Medida Provisória do crédito PIS/Cofins pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pela falta de consenso sobre medidas de controle de gastos.
Apesar das declarações do presidente Lula sobre a busca pelo equilíbrio fiscal, descartando a pauta de controle de gastos em um momento crucial, o mercado não encontrou clareza nas políticas econômicas do governo. Isso resultou em um descolamento da moeda brasileira do cenário global, mesmo após indicadores favoráveis nos Estados Unidos.
O dólar à vista encerrou com alta de 0,84%, atingindo R$ 5,4062, o maior valor desde janeiro de 2023. O contrato de dólar futuro para julho também registrou um movimento expressivo, sugerindo mudanças relevantes no posicionamento dos investidores.
O aumento da aversão ao risco, motivado por fatores internos, impediu que o dólar acompanhasse a baixa das taxas dos Treasuries nos EUA, após dados benignos de inflação. A falta de medidas concretas para aumentar a arrecadação e conter os gastos públicos, aliada à incerteza política, contribuiu para a volatilidade do mercado cambial.
Confira o fechamento do pregão desta quarta-feira:
- Ibovespa: 119.936,02 (-1,40%)
- S&P 500: 5.420,96 (+0,85%)
- Nasdaq: 17.608,44 (+1,53%)
- Dow Jones: 38.712,21 (-0,09%)
- Dólar: R$ 5,40 (+0,86%)
- Euro: R$ 5,84 (+1,46%)
Mais Negociadas
COGN3.SA | -7,14% | R$ 1,69 |
BBDC4.SA | -1,86% | R$ 12,69 |
HAPV3.SA | -3,07% | R$ 3,79 |
B3SA3.SA | -1,42% | R$ 10,40 |
PETR4.SA | -2,41% | R$ 35,82 |
Maiores Altas
EMBR3.SA | +2,99% | R$ 39,97 |
MRVE3.SA | +1,02% | R$ 6,92 |
KLBN11.SA | +0,84% | R$ 20,51 |
WEGE3.SA | +0,71% | R$ 38,07 |
GGBR4.SA | +0,7% | R$ 17,37 |
Maiores Baixas
MGLU3.SA | -7,96% | R$ 11,45 |
COGN3.SA | -7,14% | R$ 1,69 |
CASH3.SA | -6,99% | R$ 5,81 |
DXCO3.SA | -4,48% | R$ 6,63 |
LWSA3.SA | -4,42% | R$ 4,12 |