O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 4,2 pontos em março, para 121,3 pontos.
“A alta da incerteza em março foi influenciada pela deflagração da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas teve dois momentos distintos. Nos primeiros dias após o início do conflito, o indicador subiu fortemente, refletindo a grande incerteza econômica daquele momento. Posteriormente, no entanto, houve uma calibragem para baixo, influenciada por uma visão menos pessimista em relação ao impacto potencial do conflito e pela identificação de fatores favoráveis da nova conjuntura à economia nacional, como o aumento no preço das commodities e o redirecionamento de fluxos financeiros da Rússia e países próximos para países emergentes como o Brasil. A tendência do IIE-Br para os próximos meses dependerá dos desdobramentos dessas tensões geopolíticas”, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam no mesmo sentido em março. O componente de Mídia subiu 3,0 pontos, para 121,9 pontos, contribuindo em 2,6 pontos para o índice agregado.
O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 7,2 pontos, para 110,2 pontos, contribuindo em 1,6 ponto para a evolução na margem do IIE-Br.