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Inflação é a grande inimiga da MRV: a hora da virada chegou?

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  • A MRV vem sofrendo com suas margens devido à inflação;
  • No entanto, o CEO da companhia está otimista que a companhia vai voltar a recuperar estas margens.

A MRV Engenharia (MRVE3) vem sofrendo com os problemas inflacionários. Afinal, o carro chefe da construtora no mercado, o programa Casa Verde Amarela, que representa mais de 50% do negócio possui preço travado (por se tratar de imóveis em planta) – o que a impede de repassar a inflação a seus clientes.

No entanto, apesar do cenário complicado, o CEO Raphael Menin aponta que a companhia começou a recuperar suas margens.

“A margem das vendas vem subindo todos os meses. Obviamente, a gente está orçando uma inflação que é o consenso de mercado. Se o petróleo for para US$ 180 e o dólar para R$ 6,5, o cenário volta a ser dramático. Mas se tivermos um INCC de 10% este ano e de 5-6% ano que vem, isso está na minha conta,” disse.

Em entrevista, Menin fez uma série de declarações sobre o momento vivdo pela companhia. Confira na íntegra:

“A fotografia contábil do momento não é boa, e vai permanecer assim ao longo de 2022. Mas olhando o copo meio cheio, o dever de casa que estamos fazendo já está dando resultado, e olhando mais à frente eu não tenho dúvida de que ele vai colocar a MRV num patamar completamente diferente das outras empresas de real estate no Brasil.

Diversificamos nosso negócio com a Resia [a antiga AHS, a incorporadora do grupo nos EUA], a Luggo [de aluguel de apartamentos] e a Urba [de loteamentos], que está crescendo 100% ao ano e com margem bruta super elevada e baixa competição.

Tem um oceano azul aí. Também fizemos ajustes operacionais na MRV que vão permitir, num ambiente em que haverá menos concorrência, que a gente recupere as margens brutas no nosso segmento core. Esse segmento core, o programa Minha Casa Minha Vida, que hoje se chama Casa Verde Amarela, já representou quase 100% do nosso negócio. Este ano vai ser de cerca de 50%, e em dois ou três anos vai ser uns 30%.”

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