O Banco BTG Pactual tomou medidas drásticas no caso da Americanas. Os escritórios Galdino & Coelho Pimenta Takemi Ayoub e Ferro Castro Neves Daltro & Gomide, que defendem o banco, reapresentaram nesta segunda-feira (16) ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro uma petição para derrubar a liminar concedida na última sexta-feira (13) à Americanas. Os escritórios haviam feito o pedido no sábado (14), mas o juiz de plantão avaliou que não havia necessidade de julgamento imediato. Nesta segunda, a desembargadora Leila Santos Lopes indeferiu o pedido do banco.
O BTG foi impedido de cobrar uma dívida “superior a R$ 1,2 bilhão” (a Folha apurou que o valor total é de R$ 1,9 bilhão), depois que a companhia barrou a cobrança de todos os seus credores por meio da liminar, e que vem causando a fúria do banco.
A semente da autodestruição: pirotecnia contábil” é o título do agravo de instrumento redigido pelos advogados, com pedido de atribuição de efeito suspensivo à liminar.
decisão foi obtida após a divulgação de um escândalo contábil de R$ 20 bilhões no seu balanço, anúncio feito pelo ex-presidente da companhia, Sergio Rial. “A semente da autodestruição: pirotecnia contábil” é o título do agravo de instrumento redigido pelos advogados, com pedido de atribuição de efeito suspensivo à liminar.
Bancos pagarão o preço da “pirotecnia contábil” da Americanas
O Citi avalia que o Santander (SANB11), BTG (BPAC11) e o Bradesco (BBDC3; BBDC4) são os mais impactados nos níveis de lucro líquido e patrimônio com o caso da Americanas SA (AMER3) que, na visão da casa, continua sendo mais um caso isolado do que uma tendência entre as empresas, o que faz com que o impacto seja limitado no setor bancário. O impacto no lucro líquido para o nível de provisionamento é de 4,0% a 6,7% para o Santander; de 3,3% a 5,6% para o BTG; e de 2,9% a 4,9% para o Bradesco. Já o impacto no patrimônio é de 0,7% a 1,1% para Santander; de 0,6% a 1,1% para BTG; e de 0,4% a 0,7% para Bradesco. Para os analistas do Citi, um acordo com credores no prazo de 30 dias tem mais chance de ocorrer do que a declaração de falência da Americanas, “embora por meio de relações tensas com os bancos”.