Tem caroço nesse angu? Segundo informações que estão circulando nas redes sociais, em especial em um perfil de um dos sócios da CarteiraZ, Rafael Zattar, o envolvimento do BTG Pactual com a Americanas vai além do que aparenta para a grande massa.
Em uma lista de fundos de investimentos que estão shorteados na Americanas, os fundos do BTG Pactual lideram as maiores posições vendidas.
Os famosos “shorts selling”, (ou vendas em descoberto como conhecido no Brasil) são uma das opções mais interessantes do mercado de ativos.
Esse método de investimento busca priorizar desvalorização de ações. Pode parecer confuso então vou explicar um pouco mais.
Em resumo, a venda em descoberto consiste em “emprestar” ações e depois vende-las.
Para entender como essa venda aposta na desvalorização das ações é preciso entender como funciona esse “empréstimo”. Um investidor “aluga” uma ação que ele não possui em sua carteira, e a vende.
Pessoalmente, gosto de visualizar essas informações em números para entender melhor, então segue um exemplo:
Um investidor “aluga” um ativo de 10 dólares e o vende por esse valor, contudo, o pagamento desse “aluguel” é realizado posteriormente, quando o investidor é obrigado a comprar novamente a ação e devolvê-la ao credor original. Neste momento, se o preço da ação for menor que os 10 dólares iniciais, digamos que 6 dólares, o investidor que vendeu em descoberto lucrou 4 dólares.
Mas o que realmente chama atenção, é a lista ser chefiada pelos fundos de investimentos do banco de André Esteves.
BTG recomendou a compra mas estava vendido?
O que deixa uma pulga atrás da orelha do mercado é que a mais recente análise do banco para os ativos da Americanas era uma recomendação de compra, com um preço-alvo estipulado em R$ 29.
O BTG participou diretamente na conferência com o ex-CEO da companhia, Sergio Rial, na qual ele prestou esclarecimentos sobre as inconsistências contábeis averiguadas, e que mostra uma relação ainda mais direta do Banco com a Americanas.