Em sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), as ações da Enjoei (ENJU3) despencam -7,42% a R$ 9,49. Dessa forma, cai do piso do faixa indicativa de preço, que variava entre R$ 10,25 e R$ 13,75. Por outro lado, entretanto, o Ibovespa sobe +2,69%.
A listagem da companhia iria ocorrer no dia 29 de outubro, porém a direção decidiu ampliar de período de bookbuilding. Dessa forma, o IPO ficou marcado, de fato, para hoje.
Além disso, a Enjoei realizou esforços para colocar as ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE). Todavia, apenas para investidores institucionais qualificados, residentes e domiciliados nos Estados Unidos.
Assim sendo, a companhia espera captar o montante líquido de R$ 514 milhões. Tais recursos serão destinados dessa maneira:
- 30% para expansão da marca, além da base de usuários;
- 25% para soluções fintech;
- 25% para expansão do time de developers do produto;
- 20% para investimentos em políticas comerciais focadas em melhorar a conversão e recorrência.
Sobre a Enjoei
Foi criada em 2009 por Ana Luiza McLaren e Tiê Lima inicialmente como um blog de vendas de roupas usadas. Entretanto, em poucos meses se tornou um site, e depois, no ano de 2012, um marketplace.
Um marketplace C2C, ou seja, Consumidor para Consumidor de compra e venda de produtos, com destaque para “moda” e “lifestyle”.
Após isso, consolidou-se no setor depois de receber investimentos de venture capital e private equity. Hoje o capital social da empresa está próximo de R$ 159,76 milhões, sendo cerca de 30% dos fundadores.
Dessa forma, em 2019 a empresa reportou uma receita líquida de R$ 53,67 milhões. Todavia, a geração de caixa e o lucro operacional permanecem negativos nos últimos três anos. Além disso, a Enjoei consumiu R$ 20 milhões do saldo inicial de seu caixa entre 2017 e 2019, ficando apenas com R$ 3,1 milhões.